Eu acho o máximo o incentivo e desprendimento do Ratatouille: Todo mundo pode cozinhar! E nesse mesmo conceito: todo mundo tirar foto, escrever, tal e coisa, coisa e tal. Mas, porém, contudo, todavia, não acho ser correto colocar em lugares comuns: fazer e ser profissional, ter atitude e ter talento.
Sem ofensa, tenho ouvido falar de tanta gente atualmente que faz Direito, por exemplo. Parece viral e o tal passar na OAB não parece ser tão fácil, mas isso parece não importar. É de sempre ser símbolo de status, além de vocação, fazer Direito e Medicina, doravante o acesso era restrito a poucos, não no sentido limitante, mas no sentido seletivo e consequentemente qualitativo dos profissionais formados. Oxalá que tantos estudantes e candidatos a exercer as ditas profissões façam a diferença, mudem leis e entraves, salvem vidas, descubram curas, modernizem o atendimento e procedimentos e ao mesmo tempo mantenham tradições milenares, protocolos, posturas.
Essa cronicalizada, além de por observação pessoal brotou de uma matéria que vi por ai por acaso, clica aqui para ler a íntegra, de onde recortei para trazer os trechos que seguem:
"Pois se alguém achava que estávamos mal, acabaram-se os problemas: no ar, um novo produto — a facilitação na literatura. “Simplificações Tabajara”, a nova onda. Peguemos Shakespeare e o simplifiquemos. E vamos “orelhar” Machado de Assis. E assim por diante. A vida imita a arte. Ou a arte imita o direito?...Só espero que isso não chegue na física e na química. Se chegar na medicina vou estocar comida...Incrível como perdemos os fundamentos e os sentidos. É essa praga da pós-modernidade que-ninguém-sabe-o-que-é. Pulamos da modernidade e caímos em um vazio recheado de simplificações,twitters, sertanejos-universitários e universitários sertanejos...Solução tabajara: uma nova versão de Júlio Cesar simplificado, na qual poderíamos ler: Cássio era um intrigueiro (=fuxiqueiro). Odiava Cesar. Para mostrar como Cesar era um sujeito bundão, contou para Brutus que Cesar não sabia nadar e um dia quase morreu de sede. Resumindo a fala de Cassio: Cesar se achava um Deus, mas era um incompetente e medroso. Nem nadar sabia. Ah: o Enéias do texto não é o “Meu nome é Enéas!”. Final: Brutus acreditou nisso e acabou com Cesar."
E desse desabafo e cutucada bem humorada, veio meu apoio, que vai ser o post de amanhã, a uma petição pública para impedir que se altere as palavras originais nas reimpressões e novas edições dos clássicos da língua portuguesa. Sem mais! Alguém de jure ? (expressão em latim de uso no Direito, que significa: opõe-se ao fato).