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Channel: Meu Blog e Eu
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Conexão arcos e flechas

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"O arqueiro mira o alvo na senda do infinito
E vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria
Pois assim como ele ama a flecha que voa
Ama também o arco que permanece estável"
O autor das palavras é Khalil Gibran, nascido em 6 de janeiro de 1883, nas montanhas do Líbano, cercado por cedros milenares. Tinha apenas oito anos o futuro ou já escritor, poeta, filósofo, pintor quando um temporal caiu sobre sua cidade, olhando fascinado para a natureza em fúria ele abriu a porta e saiu a correr com os ventos. Quando a mãe o alcançou, apavorada, ele responde: "Mas, mamãe, eu gosto das tempestades".
Meu filho por exemplo, sempre gostou de monstros e Bernardo, um amigo mirim, de trilhos. É com os monstros que encaramos e com os que sabemos ser inventados e inofensivos que aprendemos a ser destemidos e fortes. É pelos trilhos parados, por onde trens e pessoas passam e tudo segue, que histórias vem e vão. É pelas conexões de leituras, lembranças, pensamentos, aprendizados, ensinamentos, amizades que muitas histórias vem e vão.
Fiz uma postagem sobre a EditoraArqueiro e seu fundador sexta passada e na sintonia das histórias que unem, a amiga Ana, mãe de Bernardo e Julia foi a uma feira de livros com eles e lá estava um stand da Editora Arqueiro que talvez passasse despercebida. Ela então me contou essa história e ao pesquisar e não achar um pensamento de Khalil Gibran que li em um livrinho que folheie na Livraria Cultura, a conexão arqueiria me fez achar o que trouxe para costurar mais esse retalho flechado.
“Há os que dizem que nosso destino está ligado a terra como uma parte de nós, pois somos parte dela. Outros dizem que o destino é entrelaçado como um tecido, de modo que o destino de um se interliga com os de muitos outros. É por isso que procuramos ou lutamos para mudar. Alguns nunca encontram. Mas há os que são guiados.” Palavras de Mérida, a arqueira da imagem, personagem principal do filme Valente da Disney que vai ser assunto de outra postagem. Aguardem!

Mãos que falam

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Libras é o assunto do dia de hoje por aqui e não é sobre a moeda oficial do Reino Unido que vou falar, é sobre a Língua Brasileira de Sinais. Sempre achei interessante os gestos que são letras, que são palavras e sempre achei que devia ser ensinada na escolas a linguagem dos sinais. Todos devíamos ser bilíngues.
Li ontem no blog de Marcelo Tas, que para mim sempre será o Professor Tibúrcio do Rá-Tim-Bum, que 3 garotos alagoanos, chamados: Ronaldo Tenório, Carlos Wanderlan e Thadeu Luz, desenvolveram um programa chamado de Mãos que falam, o HandTalk, um aplicativo para smartphones de utilidade pública e com criatividade, tecnologia e eficiência de alto padrão. É só clicar no Hugo, um personagem simpático, magricela e com cara de nerd, que ele traduz instantaneamente para LIBRAS qualquer coisa que você fale, fotografe ou escreva para ele. Simples e maravilhoso assim!
Palmas para eles e minha humilde divulgação. Download gratuito, aqui: HandTalk. No inicio desse mês em Sampa, no Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para Pessoas com Deficiência, houve a seleção da criação e entrega de um prêmio e eu trouxe parte do comentário de Marcelo Tas, que esteve lá: "É um alento e estímulo para milhares de jovens talentosos do soft power brasileiro. Pode estar se aproximando a hora de, além de minério de ferro, banana e soja, exportarmos criatividade e inovação."

Pés sem cabeça

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Resolvi dividir histórias pitorescas de pés de árvores inventadas. Não sei quem inventou isso de: pé, acho que é uma piora dos nomes, Goiabeira, Limoeiro, Laranjeira é muito mais faceiro e brejeiro que pé de goiaba, pé de limão ou pé de laranja. É ou não é? Podem dizer que não. E por que pé? Não sei e não pesquisei.
Um das histórias que vim contar é da minha já tão longe infância. Lembrei dia desses que morria de medo de engolir chiclete (goma de mascar) pois diziam que ia nascer um pé de chiclete na barriga da gente. Também nasceria pés de outras coisas não engolíveis e eu não queria minha barriga explodindo em copas e raízes.
Meu filho, por sua vez, que a infância fica mais distante a cada dia, achava e tenho registrado nos guardados que anotei de sua tiradas de criança, que camarão dava em árvore. Já me peguei várias vezes a imaginar os crustáceos dependurados em galhinhos. Um pé de camarão em minha imaginação é bem bonitinho. Desenha-me um pé de camarão?
Para arrematar o atentado a botânica e também a fauna, a imagem que ilustra a postagem (o maior tamanho que coube foi esse, que achei pequeno),  é de um pé de cappuccinos, carregado de passarinhos, com uma vaca que voa e faz chover leite. A ilustração mágica eu recebi por e-mail, a um tempo atrás, da amiga AnaPaula.
Ah como seria fenomenal, um quintal, com um pé de cappuccino e outro de expresso para chamar de meus. Desejo de um sexta de bençãos, pés no chão e asas na imaginação! Inté segunda!

Céus e palavras

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Eu gosto do céu bem azulzinho
Iluminado pelo sol
Gosto também quando tem nuvens passeadeiras
Fofas e brancas como algodão
Gosto de ver daqui de baixo e de dentro do avião
As cinzentas eu só gosto quando está muito calor
Já vi muitos desenhos nas nuvens
De um frango assado do tamanho de minha fome uma vez
E sempre me pego olhando para as danadas
Só por gosto ou em busca de formas que buscam ser achadas
Gosto também do céu com nuvens baixas e rosadas
Com ares de despedida do dia e chegada da noite
Gosto do céu pouco visto das madrugadas
Amo céu quarado de estrelas
Esse céu da foto eu chamo de coalhado
As nuvens assim parecem para mim
Que o céu era uma grande panela de leite fervendo
E alguém pingou limão dentro
O nome da postagem é o nome de um dos blogs de uma blogueira que voa e pousa em muitos blogs, a solar amiga joaninha Chica. A foto eu tirei para mandar para ela e seu blog de céus e palavras e no ato, atei palavras a imagem e ao que me levou a fotografar, ai ao invés dessas nuvens voarem para lá, ficaram por cá, com a sugestão de que todos olhemos para o céu e que vejamos nuvens qualhadas, de chuva carregadas, juntas ou espaçadas e que a todas elas atemos orações, canções, agradecimento por as vermos, leveza e maciez aos nossos pensamentos e palavras.

Santa Paciência

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Deus nos dê paciência
E um carro, caçamba ou comboio para levar
Rezemos um terço para uma boa terça
Por rima ou por gosto
Botemos gosto no que ainda resta de agosto
E que a Santíssima Paciência
Por clemência, nos livre dos perrengues
Da falta de noção e excessos alheios
Das esperas que nos exasperam
Dos entretantos e entremeios
Dos males dos outros e dos nossos
Amém!

Lixo e civilidade

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Para começar solicito mais lixeiras na cidade de Salvador, nas ruas, praças, shopping centers, nos ônibus e papeizinhos nas bolsas e bolsos dos meus conterrâneos caso não haja lixeira por perto. Lixinhos dentro do carro e de lá para a lixeira de casa. 
Saquinhos plástico ou de papel onde vem os talheres de restaurantes e lanchonetes, copos vazios, canudos, guardanapos ou panfletos deixados em cima da mesa de lugares ao ar livre, com certeza irão voar para o chão se deixarmos descuidados e vão sujam as ruas, para bueiros, para os canais, para os rios e mares.
Não custa nada, é questão de hábito, por os copos descartáveis emborcados nas garrafas ou latas, os papéis e plásticos embolados dentro dos copos, dar na mão do garçom, fazer o que der e vier na cabeça, só não esquecer e ensinar, dar o exemplo, de que além de não arremessar o lixo no chão, também é necessário e válido ter outros cuidados.
Li por ai que um zambiano chamado Shanker Sahai criou uma máquina coletora de material reciclável, que paga a quem inserir nela garrafas pet, vidros e latinhas de alumínio e essa é minha sugestão de invenção para ser imitada. Quem deposita lixo no sistema ganha um perfil online de interação social. De acordo com o criador a interação além do pagamento é um dos fatores que mais incentivam o descarte de resíduos no sistema. Por enquanto, existem oito unidades instaladas nas principais universidades dos EUA, dentre elas a danada da Harvard. A meta é levar as máquinas para estádios, aeroportos e outras localidades em que há grande circulação de pessoas.
A forma de pagamento são depósitos instantâneos na conta dos usuários, créditos e/ou descontos em estabelecimentos comerciais e prêmios nas redes sociais. A máquina, chamada de Greenbean Recycle, também processa os resíduos, eliminando gastos de transporte até as usinas de reciclagem e o armazenamento em contêineres.
Invenção que ao meu ver, vale divulgar e imitar, já que o tempo de chegada vai ser longo e o planeta não pode esperar. Vale fazer um projeto e apresentar a prefeituras, estádios, escolas, fazer algo parecido e mais artesanal na sua comunidade, em grande ou pequena escala, com outras características, coletando papel por exemplo.
Vale também a reciclagem criativa, de utilidade doméstica, comercial, educacional, o descarte seletivo e sempre: lixo no lixo. Na cidade maravilhosa, suja pela natureza suja de seus moradores e visitantes, tá valendo o Projeto Lixo zero, que vai cobrar multa a quem jogar lixo no chão, boa decisão para punir quem é sem noção.
O lançamento arbitrário de lixo será penalizado de acordo com o espaço ocupado pelo detrito. Pelo descarte de uma latinha de alumínio por exemplo, será cobrada multa de R$157,00. Objetos maiores que uma lata e que ocupem área de até um metro cúbico terão multa de R$ 392,00. Detritos que ocupem mais de um metro cúbico multa de R$980,00. Para aplicar as multas os fiscais precisarão apenas do CPF do infrator. A pessoa que se recusar a fornecer o número do CPF após se flagrada jogando lixo será conduzida para a delegacia. O valor das multas vai ser investido em programas educacionais? Mais lixeiras e fiscalização? Espero que sim, vamos acompanhar e fiscalizar.
Para abrilhantar a postagem trouxe uma indicação de um blog amigo, que foi descoberta em outro blog amigo e assim de blog em blog, de pessoas para pessoas, acredito que o bom e o bem deve ser passado. Trata-se de um mega jantar ao ar livre na França, para celebrar o valor dos lugares públicos e a cidadania, onde ao final da celebração tudo fica totalmente limpo, pois cada um leva para casa seus pertences, o lixo gerado e leva também e deixa a prática e o exemplo da civilidade. Clica aqui para ver um pouquinho do "Diner En Blanc" que aconteceu noite do dia 16 do Mês passado, onde mais de 11.000 pessoas vestidas de branco, jantaram na Place des Vosges, no Louvre e na praça de Trocadero. Au revoir!

Gente que inspira a gente

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Recherché é uma palavrinha francesa
Para qual achei a seguinte definição:
Procura com cuidado
De rara qualidade ou atratividade

Hoje eu trouxe um achado de rara qualidade, apresentado ontem no programa de Fátima Bernardes. Clica aqui para ver a matéria que conta um pouco da história de Jorge, um carteiro, que do tanto que falou com sua simplicidade e sotaque mineirim, selecionei uma frase: Fui criado assim!
A frase, ele usou para explicar o porque de ter começado a escrever cartas para os idosos de um asilo, onde ele é o carteiro e para onde não havia muitas correspondências pessoais a serem entregues lá em Minas, como acontece em todo canto e a ideia surgiu da necessidade que ele sentia de visitar aquelas pessoas e não ter tempo durante o horário de trabalho.
Idosos podem sim ficar melhor acomodados e com atividades e companhias mais adequadas em asilos, mas a presença da família e de amigos é indispensável, assim como carinho, atenção, convívio com o mundo externo, que não se faz por internet para a maioria, por falta de intimidade, de destreza, por deficiências e também, por falta de gosto.
Para um idoso abraço tem que ser real, vale também beijos e postais, recortes, bilhetes, cartas, desenhos dos netos, um sedex com linhas e agulhas, revistas, um terço, um objeto qualquer, palpável, para olhar de dia e de noite e sentir que é lembrado e querido.
S. Jorge escreve cartas para mais de trinta idosos, contando das peraltices de sua infância e da dos irmãos, contando histórias que colhe quando no final de semana, também por voluntariado, leva desenhos a hospitais para crianças internadas colorirem e conversa com suas mães e acompanhantes, ai ele recorta, transcreve e envia para os idosos aquecerem os corações, sendo que ele também se aquece e se engradece a cada história ouvida e transcrita.
Ele disse que não faz nada disso para ter nada em troca e para mim não ser necessário reconhecimento é uma das partes mais legais, creio que o que ele faz de bom a tanta gente, de alguma forma, com certeza, volta para ele.
Eu entendo do prazer que ele sente no que faz, eu por exemplo sinto uma enorme satisfação quando coloco cartinhas no correio, mais do que quando mando e-mail´s, é algo sensorial e que não me custa nem 0,30 centavos, ou as vezes custa mais, contudo a recompensa com a alegria de quem recebe não tem preço. Não me custa nada pegar folhas no chão para mandar para um amiguinho que tem um livro de folhas, acho até que fico mais feliz quando cato as folhas, do que ele quando as recebe. Não me custa quase tempo nenhum escrever um bilhete para meu marido, para amigos, como não custou a Carol rabiscar um bilhete que está na porta de minha geladeira e veio com um enorme cartaz que crianças que nunca me viram fizeram para mim e para meu marido, porque enviamos para eles livros usados, ver aqui. Essa iniciativa de Carol, da qual já falei aqui e aos quatro ventos, é um outro exemplo de voluntariado, de ser e fazer a diferença na vida das pessoas e elas na nossa, #isso muda o mundo.
O tanto que investimos, recebemos em dobro quando o assunto é atenção, doação, carinho. Que o carteiro de Ituiutaba em Minas Gerais receba sempre em dobro, que brotem e se multipliquem gente e gestos assim. Salve Jorge Silva de quem me tornei fã! Salve Carol de quem sou fã! Salve todos que fazem algo inspirador sem querer nada em troca.
“Eu disse a mim mesma que o mundo no qual eu acreditava deveria existir em algum lugar do planeta. Mesmo se ele não existisse em canto algum, se eu pelo menos pudesse construí-lo em mim, como um templo das coisas mais bonitas em que eu acredito, o mundo seria sim bonito e doce.” Rita Apoena disse e tomei por sugestão e sigo na minha semeadura e crença de poder mudar o mundo, nem que seja o meu. Missão pombo correio passada, passe a frente, invente, faça, procure, ache, construa, escreva, envie, acredite, mude o mundo você também.

Folclorices

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Livro "Lendas Brasileiras" da Editora Girassol
Eu sou fã de folclorices e desde a época de escola adorava o Dia do folclore, os desenhos, trabalhos, pesquisas, histórias sobre a Mãe d´água, o Boitatá, a Mula sem cabeça, o Saci, o Curupira.
Venho percebendo a pouca, ou nenhuma importância, dada a data, seja nas escolas, seja nos centro culturais, talvez por questões religiosas e ponderações das crendices populares, tão ricas em sua sábia inocência e tão nossas.
Todo ano, em 22 de agosto devia ter especiais na tv, exibição de peças teatrais, filmes no cinema, desafios de trava-língua, adivinhação, concurso de trovas, parlendas, desfiles de fantasias, mostras culturais, nas cidades, praças, ruas, bibliotecas etc.
Estou aqui para comemorar o dia, lembrar, incentivar. Caipora, em tupi significa: habitante do mato e não por acaso o serzinho cabeludo e de pés para trás é defensor da natureza, cuidar do verde e da vida animal é o que ele faz com seu fiel companheiro, um porco do mato, que está sempre ao seu lado.
Conta a lenda que Caipora é um índio valente e  inteligente que consegue deixar qualquer um tontinho, sem saber por onde voltar ou para onde ir se algo de errado fizer para os seres vivos das florestas. Ele é grande conhecedor dos sons e usa assobios e imitações de falares da natureza em sua defesa e também para pedir ajuda aos bichos e plantas. Um personagem que bem podia ser mais usado em campanhas, marcas e produções literárias como aliado pelo respeito e zelo pelo meio ambiente e pela cultura nacional.
Que o caipora se torne pop e também o saci seja mais reverenciado, comemorado em seu dia que é o mesmo do importado Halloween e em todas as datas de festas populares e culturais, estejam nas roupas e objetos da criançada. Cuidado! O Saci pode aprontar se você dele não se lembrar.
“Todos os povos possuem suas tradições, crendices e superstições, que se transmitem através de lendas, contos, provérbios, canções, danças, artesanato, jogos, religiosidade, brincadeiras infantis, mitos, idiomas e dialetos característicos, adivinhações, festas e outras atividades culturais que nasceram e se desenvolveram com o povo.” (Wikipédia).

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Qual foi a última vez que você experimentou ou fez algo novo?
Foi a um lugar diferente, provou alguma coisa diferente
Qual foi a última vez que você fez careta
Faça caras e bocas
Ria de doer a barriga
Faça alguma besteira
Assista a comédias ou a um filme de terror
Você já saltou de uma tirolesa?
Já plantou bananeira?
Tente e se a idade ou silueta não permitir
Sente ao menos que nem chinês
Pule corda ou elástico esticado de uma cadeira a outra
Nem que seja na altura do tornozelo
Conte carneirinhos antes de dormir
Se espriguice de manhã como personagens de desenho aniamdo
Estique os braços como se fosse capaz de tocar a lua
Ou apanhar uma estrela
Qual foi a última vez que você fez uma bola de chiclete?
Ou soltou por ai bolhas de sabão
Aproveita as crianças, diz que está brincando com elas e se diverte
Ou vai no carão mesmo em um carrocel
Desce num escorregador no parque
Quer ver uma coisa bem fácil:
Dê um longo e apertado abraço em alguém
Sem nenhum motivo aparente
Viva pequenas felicidades e novidades
Boa sexta e um final de semana cheinho de amenidades

Paralelos e perpendiculares

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Ao ver essa imagem senti uma boba emoção
Pois tive um vestido de São João 
Com esse mesmo tecido de coração
E já fiz muito isso com balde d´água na cabeça
Perdeu a rima, mas não resisti comentar

Num dicionário de definições paralelas, eu diria que Twitter é aquela caixa de sapato ou de lata, a moda antiga, de colecionar fotos 3×4 e bilhetes, o Face, caixas maiores, com fotos 10x15, cartas, postais, amigos e socialização ao alcance dos dedos mas não do abraço, do contato, do olhar.
O tal do What´s App nada mais é que o relançamento do Msn, que com as redes sociais havia sido abandonado e agora de novo nome, ganhou milhões de usuários sedentos de novidades, ainda que sejam velhas. Quem bips não sejam relançados, com nova roupagem e virem moda.
Meu marido teve bip, olha eu entregando a idade dele, assim, sem cerimônia, que indelicada. Outro dia, a propósito, descobrimos, eu e ele, que colocar www para entrar em um site, é ultrapassado e desnecessário, desde então nos modernizamos.
Li em algum lugar que conversa por rede social tem um quê de conversa vigiada por palpiteiros, com zoiões e ouvidões de plantão, reproduções e releituras e as que são no paralelo seja teclando ou por fone de ouvido e microfone, parecem papo com atendente virtual ou telemarketing, sem barulho alheio, tão enriquecedor para a tomada de novos rumos dos papos, sem passantes, criançada, cachorrada a desviar e enriquecer o fuxicar.
Comparações, paralelos e perpendiculares a parte, ninguém nunca vai inventar nada melhor que conversa de portão, mesa de café da manhã, almoço, janta ou bar, tapas nas costas, abraços, cheiro de perfumes, voz ao vivo, roupa, cabelo, caras e bocas com todos os mega pixels que nossos olhos tem, em tempo real e com as cores que agente sente.
Trocentas curtidas, cutucadas e lista de seguidores virtuais, não são como as pessoas e os lugares ao vivo, como curtir um filme na sala de cinema, praia, sol, banho de mar, chuá de uma balde d´água, banho de mangueira, cochilada no meio da tarde, deitar em rede, balançar em balanço, pipoca quentinha, massagem no pé, colo e cafuné.
A todos uma semana iluminada, enxaguada, refrescante, recheada como cesta de piquenique e arejada como roupa no varal.

Vamos falar certo?

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Eu comecei o dia com frescor, mas talvez pela água fria do balde, resolvi voltar e falar de outro assunto, com tom de segunda-feira, faca no dente, reivindicações, soluções. Acho, que os representantes de uma escola ou empresa, de um grupo de pessoas pequeno ou grande e quem lida com o público em geral, sejam cantores, atores, escritores; são formadores de opinião e são símbolos de referência no que diz respeito a muitas coisas como conduta, visual, vocabulário e nesse último quesito, acho importante falar bem ou no mínimo, falar certo. 
Desafetos pessoais a parte, me indigna e solicito em todas as bocas miúdas e graúdas e eco nas redes que alcancem quórum e mobilização, o pedido doce, se não aceito, amargo, de que a Excelentíssima Dilma, declare-se equivocada, arrependida, ou qualquer sentimento que ela jugue conveniente e retire o som do ar, das bocas, da tv, a escrita em impressos do vocábulo: presidenta.
Sei que já disse que gosto de palavras inventadas, mas no âmbito formal, convenhamos, cai mal. Miriam Rita Moro Mine da Universidade Federal do Paraná verbalizou e registrou a queixa e eu trouxe para cá seu discurso, que segue:
"No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante...Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, a pessoa que preside é presidente e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha.
Diz-se: capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta". Um bom exemplo do erro grosseiro seria: "A presidenta se comporta como uma adolescenta dentre tantas outras atitudes barbarizentas e não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".

Projeto lenços que curam

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Eu sempre trago histórias de inspirações e atitudes para cá
Dessa vez resolvi trazer um projeto
Pescado de uma postagem em um blog amigo
Que postou no mesmo dia que eu, sobre gente que inspira a gente
Foi automático, dormi com a ideia e acordei com a atitude
A logo acima foi feita carinhosamente pela criativa Cali
Clica aqui para conhecer o site de produções dela
A proposta, basicamente, é arrecadar lenços para levar para pessoas com câncer (mulheres, homens e crianças) e para um asilo, para enfeitar e dar cor a aparência e ao interior de algumas pessoas que passam por uma situação difícil ou vivem em situação difícil. Além do enfeite, a ideia é adoçar nem que seja um dia na vida de alguém, elevar a autoestima, levar carinho e atenção.
Vamos pedir aqui em volta de nós, eu e uma amiga que vai ser minha parceira de projeto e outras que vão se juntar a nós e peço aqui pelo blog, além fronteiras, que cada um ajude com um lenço ou quantos puder, arrecade lenços com seus grupos de convivência, vizinhos, amigos, colegas de trabalho, família, tipo prova de gincana que arrecada doações e desperta o senso de coletividade, doação, ação entre as pessoas, que de muitas formas ganham em dar, em participar, em fazer o bem.
Preciso dos lenços até o dia 05 de outubro, dia de São Benedito (santo negro, escravo, curandeiro, humilde), data escolhida para benditas e fartas serem as doações e efeito em quem quer receber os lenços. Tem tempo de sobra, mas a data avançada é para que cada um faça seu envio, seus eventos e buscas de arrecadação, revire os armários, confeccione um ou mais lenços as costureiras de plantão, mas achar que dá tempo e deixar, deixar e esquecer e deixar para cima da hora e não conseguir arrecadar nada, não tá valendo...bronca com risos. 
Por enquanto é isso, forneço o número da Caixa postal para envio, assim que tiver com ele em mãos. Vou postar outro dia sobre as datas, os locais para onde vamos levar as doações, planos (todos que forem levar os lenços estarão de lenços, pretendo levar poesia, coral de música e outros complementos). Agradeço de antemão em meu nome e em nome dos que receberão os lenços e terão um pouco ou muito de suas vidas mudadas.

Tsurices

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Hoje tem mais imagens que palavras. Tsuru é a ave símbolo da arte oriental de dobradura de papel, chamada: origami. O passarinho também conhecido como grou é considerado no Japão como um dos principais símbolos da imortalidade, longevidade e renascimento cíclico, juntamente com a ameixeira e a cerejeira. Essas mãos da última imagem são minhas e de meu sobrinho fofo Zaion.
Na cultura oriental ao se fazer um pedido, desejo ou oração é costume trabalhar enquanto deseja. Fazer tsuros é uma atividade tradicional por lá  e as dobraduras produzidas são dadas a quem se quer bem, como forma de agradecimento, a quem precisa de um alento, a quem se deseja cura, conquistas e boas energias e assim, como em uma via de mão dupla, nosso desejos acabam por se realizar e a oração cria força, pois além dos sentidos e dentro deles, tudo vibra, vai e volta.

Mira de Merida

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Merida é a personagem arqueira do filme Valente, de quem usei uma ilustração e palavras recentemente por aqui em um post sobre arcos, flechas e sincronicidade. Eu sempre fui valente, as vezes até demais e em um outro post onde falei de meus planos de usar fantasias, alguém sugeriu que eu me fantasiasse de Merida, como a roupa dela é azul e sendo arcos e flechas algo que me fascina, comprei a ideia e de lambuja adotei o filme como meu, já havia gostado quando vi, mas passei a gostar um tantinho mais, pesquisei sobre ele e como prometido, segue o que garimpei.
“Valente fala sobre a luta de uma adolescente para encontrar ela mesma, para traçar seu próprio destino”, “Mais especificamente, é sobre a luta de Mérida para entender como o mundo a vê em comparação a como ela se vê. Coragem verdadeira deve ser encontrada dentro de você mesmo”, definiu Mark Andrews, diretor da animação da Disney Pixar. 
“A história de Merida é universal. Acho que muitas pessoas, adultos, adolescentes e crianças, todos vão se identificar com a ideia de querer escolher o próprio caminho e de, ao mesmo tempo, ter um sentimento de lealdade em relação à família", pontuou a produtora Katherine Sarafian.
Além dos arcos, flechas e valentia de Mérida eu tenho apreço pelos guias azulados e iluminados da história e li por ai que os diretores Andrews e Chapman foram à Escócia em 2006 para um trabalho de pesquisa e houve um mergulho pela afeição por parte deles com a cultura, histórias e crenças locais. O diretor disse: “Eles eram capazes de dar nome a cada árvore, rocha e colina, cada uma com sua história. Eles têm uma incrível tradição de narrativa em sua herança.” Sejamos valentes, fortes, alimentemos nossas crenças e espiritualidade, sigamos os bons guias e exemplos, os valores familiares e morais. Flechas nos arcos e mira nos alvos.

Filosofia de blogueira

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Tenho chegado a conclusão de que post´s são iguais a empregos, se a gente tem um, aparecem vários, se não tem nenhum, custa a aparecer. Fiz essa associação, pois estou com vários post´s na gaveta que vão trocando de vez uns com os outros e novos vão sendo rabiscados, novas inspirações, crônicas, poetices, vão surgindo, brotando, pingando.
Há essa crença popular e relatos pessoais de que quando a pessoa está desempregada é difícil e penoso conseguir uma colocação, ao passo que estando em um emprego muitas oportunidades reais, sem nem mesmo haver busca, surgem. As vezes sem ter nada engatilhado, nenhum rascunho ou nada programado, não nos surge uma ideia, eu já passei muito por isso desde que tenho o blog, são fases, falta de inspiração, zica ou tudo junto, não sei, mas não resisti em filosofar e mais uma vez hoje postar.

Existem tesouros em todo lugar

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"A matemática não é uma ciência mas uma religião
Pois os números se transformam como num milagre
E você simplesmente tem que aceitar"
(A matemática é exatamente assim para mim as vezes)

"Pessoas sofisticadas usam óculos escuros."
(Gostei um pouco mais dele por causa dessa, amo óculos escuros)

"Calvin, vai fazer alguma coisa que você odeia!
Ser miserável constrói o caráter"
(Amei a psicologia aplicada)

Sou fascinada por tirinhas, as da Mafalda são as minhas favoritas, gosto tanto das ilustrações, como das grandes mensagens em poucas palavras ou as vezes nenhuma palavra. Vi esses dias uma matéria sobre as da ilustração de hoje e resolvi trazer para compartilhar. Existem tesouros em todo o lugar é o nome do último álbum da coleção criada em 1985, publicada diariamente, durante 10 anos, em vários jornais mundo afora. Bill Watterson é o nome do criador  da dupla de Calvin e Haroldo, um elétrico garoto de 6 anos e seu amigo, um tigre de pelúcia que ganha vida quando não existe nenhum adulto por perto.
E entres fantasias e brincadeiras, há como nas tirinhas de Mafalda, Snoopy, Garfield e outros, questões políticas, sociais, culturais, pessoais, familiares, filosóficas e humor. Uma sexta-feira de buscas e encontros dos tesouros de valores desmatemáticos que existem em todo lugar. Paz, bem e bençãos! 

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"O otimista é um tolo
O pessimista um chato
Bom mesmo 
É ser um realista esperançoso"
Ariano Suassuna

Boas vindas a setembro

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Hanami é o nome da cadelinha fofa de minha irmã, cartaz devidamente dado a ela por seu nome e comportamento de uma florzinha, vim marcar presença por aqui no primeiro dia do mês de setembro e falar do festival oriental de contemplação das flores das cerejeira, que acontece no Japão quando é primavera por lá, entre fim de março a meados de abril ou maio, onde várias espécies de cerejeiras florescem por todo canto e em praças, parques, templos, muitas pessoas se agrupam para apreciação das flores. Piqueniques, fotos, orações, um festival da natureza e da cultura popular japonesa vivido por eles intensamente e visitado por muitos estrangeiros.
Como aqui em setembro é a vez da nossa primavera, contemplemos nossas flores, cuidemos da natureza, aprendamos com ela.  O que plantamos ontem estamos colhendo hoje e o que plantamos hoje, colheremos amanhã. Sementes por vezes milagrosamente germinam em nossos terrenos, creio eu originadas de uma outra espécie de plantio, a fé.  Fora isso, nossos pensamentos, escolhas, as amizades que cultivamos, os parceiros com quem dividimos a lida da terra, os valores que seguimos, as causas que abraçamos, as nossas atitudes, são o que fazem brotar as flores e frutos de nossos jardins.

Sisífo, S. Guillermo e Eu

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Seu Guillermo, meu pai, que faz aniversário hoje, tem umas frases prontas, expressões, nomes que sempre estão em suas falas e que muitas vezes eu antevejo, anteouço se essa palavra existisse.
"Como dizia Confúcio, ai é que está o detalhe", ele diz isso quase tanto quanto bom dia ou boa noite. Além da frase, ele cita sempre o nome do próprio Confúncio e o de um tal de Sisífo, personagem principal de um mito que sei de trás para frente, ou de cima para baixo, para ser mais específica.
Comprei tem um tempinho e guardei para dar a ele hoje, um livro descoberto por acaso, chamado: Sisífo desce a montanha, de Affonso Romano de Sant’Anna. O nome do livro é uma referência ao mito grego de Sísifo, um homem que fez intriga com o nome de Zeus, driblou o seu destino, aprisionou a morte  e como castigo foi condenado ao exaustivo trabalho de rolar uma grande pedra de mármore até o cimo de um monte, caindo a pedra invariavelmente da montanha sempre que alcançasse o topo e este processo seria repetido até a eternidade.
As lições de moral do castigo e do mito são sobre o desejo de vencer a morte, sendo a vida sem sentido pior que ela e sobre os esforços sem sentido a que nos submetem ou nos submetemos. Quantas pessoas rolam pedras morro acima que nitidamente rolarão morro abaixo? Quantas pessoas se encontram em martírio sem fim, sem questionar. Quanto dinheiro é gasto, quantas inadequações e falta de aproveitamento da maturidade no inútil esforço de parar o tempo, querer ser sempre jovem.
Na epígrafe do livro, Clarice Lispector,  no recheio o autor usa o mito para tratar da finitude e o faz com poesia. Os versos falam de vida falando de morte, de impermanência e das várias nuances da experiência humana de “estar no mundo”. Sísifo desce a montanha, cujo tema central é a morte, os medos, as angústias e incertezas que a rondam, faz o tema central de quem o lê ser viver.
Que pipas, poemas, pedras, montanhas, planícies, olhares cotidianos e divagações mexam com nossas emoções.  Boas descidas e subidas a todos nessa semana e na vida.

É pra documento?

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Sou do tempo de sentar no meio da praça para tirar retrato 3x4 no lambe-lambe e de guardar na carteira um 3x4 do namorado. Ainda hoje guardo um dos tempos de namoro e outro atual dele em minha carteira, com a ressalva de não querer o meu na dele, uma foto recortada, na verdade várias, há por lá.
Se me fosse dada a opção não me queria em retrato 3x4 nem nos meus documentos, aproveito para declarar que o retrato de minha identidade não me representa e seria, ao meu ver, muito interessante se fazer um estudo sobre haver algum processo automático na nossa face quando sabemos que a foto é para documento, pois ela incorpora feições padrão 3x4, leia-se: horríveis.
Acreditei piamente no que me contou uma fotógrafa de uma cabine num shopping em SP, na ocasião do pedido de emissão de meu visto para ir a Disney. Resmunguei como de costume para tirar a bendita foto e perguntei se podia ser recortado meu rosto de uma foto qualquer e a moça me disse que não e que eu não achasse que era pessoal, pois ela havia tirado um 3x4 de Tiago Lacerda (ator global) e ele também não havia ficado bem. Se ele não ficou, quem sou eu, pensei. Pode ter sido essa a intenção dela, uma boa história para o cliente sair feio na foto e satisfeito ou a mais pura verdade.
Li uma certa vez e achei a melhor e mais precisa explicação da história das descrições a pérola que segue:
"A câmera que tira sua foto 3x4 traça um objetivo quando te vê: juntar todas as suas imperfeições e piores expressões faciais em uma única foto, que vai parar em seus documentos."
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