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Pé e chão, chão e pó

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Pó de estrelas, de poesia
Iluminura de por ai
Tem nomes, de colunistas, comentaristas, repórteres, atores, que sempre que vejo me interesso em ler e ouvir, Rosely Saião é um desses nomes,, que para mim é um convite a uma boa reflexão e a identificação de opiniões.  Psicóloga e consultora em educação, ela fala geralmente sobre as vivências familiares e escolares, suas relações e o dia-a-dia de parte a parte. Colunista da Folha de São Paulo (jornal impresso que me interesso sempre em folear, pelo conteúdo além de misérias, comercial etc), ela escreve às terças-feiras e hoje trouxe recortes de uma recente publicação dela para resenhar.
“O conflito de gerações subiu um degrau: se antes estava localizado entre os adolescentes e os adultos, hoje ele foi parar na relação dos adultos com os mais velhos.
Há pais que ajudam os filhos a falsificar documentos para frequentar locais proibidos para menores de 18 anos, frequentam as mesmas baladas que os filhos, dão festas em casa e participam delas, regadas à bebidas alcoólicas para os filhos e seus colegas, se vestem do mesmo modo e não negam muitos dos pedidos que recebem, para não parecerem caretas.
Já sabemos que o mundo é dos jovens e que juventude não se trata mais de idade e sim de estilo de vida. É por isso que crianças e velhos são os excluídos. Portanto, nada faz mais sentido do que uma iniciativa que acontece na cidade de Seattle, nos EUA: unir creche e asilo de idosos no mesmo local.”
Ainda ontem comentei com marido da ausência de programas infantos nos canais abertos no horário da manhã, no global e da massa, em horário nenhum, dias de semana ou finais de semana, nada de desenho animado, Daniel Azulai, Tia Arilma, Mara Maravilha, Angélica, Xuxa, nada de filminhos tipo Et, séries tipo Teletubbies. Para adolescente passaram a ser os programas para adultos, afinal a gama de adultos adolescentes é grande e de adolescentes adultos também, tanto que na tal Malhação, mocinhos são maus, malvadões são bons, tudo sem divisão de papéis, lição de moral, sem limites morais, assim, do jeito que o povo gosta.
Os idosos coitados, ou são antenados ou nada de programa de culinária sem ser gourmet ou para pegar a receita na internet, pois é dada na velocidade da luz, nada de netos passarem um dia de índio com eles (com honras a expressão e não depreciação, com bem querer ao modo índio de passar os dias), nada de ouvir os ditados, de os filhos e netos dedicarem tempo e cuidados com os velhinhos, zero de respeito as vezes e menos cinco de encantamento com cabelos brancos, crochetices, colocar o cd de Roberto para vó ouvir, ouvir junto e sair cantando sem querer que nem cantamos as modas de viola ou de serestas dos nossos avós e pais. Nada de os pequenos já com seus tabletes e petulância, curtirem o colo, cafuné, os mimos, cheiro de alfazema e histórias de telégrafos e máquina de datilografar. Quiçá isso venha a mudar! 
Crianças e idosos, sementes e raízes, dois extremos que enfeitam e enriquecem as estações da vida #ficaadica, pra encerrar junho no embalo de São João, com pé e chão, chão e pó. Pó mágico e transformador de pirlimpimplim, pó antigo e cheio ensinamentos de giz em lousas, por um mundo melhor, com mais educação que ensinamentos, pois para ensinar como li certa vez numa tirinha da Mafalda, é preciso saber, mas para educar é preciso ser. Sejamos pois, eduquemos, nos eduquemos, sejamos as mudanças que queremos ver no mundo, sejamos mais gente que faz, independente da idade e levando em consideração as variedades, aprendizagens e valor de cada fase da vida. Partiu julho!

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