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Eu, sempre rente

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No cantinho do sofá, com tanto espaço
No mesmo sofá apertado com outro vazio ao lado
Ler o mesmo cardápio, tendo dois
A ilustração não sei de quem é
Mas essa descrição é bem minha cara
Lembro de nomes de livros da minha infância e aborrecência e não lembro das histórias de alguns, tipo um bem infanto chamado: Rente que nem pão quente, talvez pela graça e rima do nome, ou talvez por eu andar rente que nem pão quente as paredes quando caminho, as paredes ou armários ou o que seja, não ando pelo meio, meus passos usam as margens. Descoberta sorridente a minha, foi ao pesquisar, ser um livro de poesia para brincar.
Meu marido acha graça e sempre está a observar esse meu caminhar, que  topa com quinas as vezes e que quando pequena (é de sempre o hábito), eu andava rente aos portões das casas nas idas para o colégio ou passeio na praça com meu avô e avó ou meus pais, que conversava com os cães já cadastrados e amigos de algumas e os nem tão amigos e sempre tinham que me lembrar: Nessa casa tem cachorro! Se afaste desse portão que você não sabe se tem cão! E lá ia eu numa de fazer das grades arpas quando cães não haviam, passando a mão por capôs de carros e muros espelhados de água da chuva e enxugando depois no short, calça ou saia, sem nem disfarçar.

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