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Marombeiras e crocheteiras. Pode ser?

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Chá de lições
Costurices e modernices
Li num blog vizinho de uma amiga que tem alguns aninhos mais que eu e com quem troco ideias desconsiderando nossas idades e localizações geográficas, como se fosse comadre, vizinha amiga de porta um texto, depoimento, alerta que não pude resisti em pedir a ela para trazer para cá. Com toda minha concordância no quesito modernices sim e antiguices também. Sou e ela também é, da conexão e das artesanias. Dos pontos turísticos e do que ninguém vai, sabe, fala. De orações e palavrões, de receitices, yoga, caminhada e pernas para o ar. Bordados, futebol, faxina e salão. De tá na moda e além dela.
Ela falava de resenhas faceboquianas sobre o máximo que é senhorinhas indo e vindo de roupas de ginástica das academias e não estarem bordando ou fazendo crochê. Com muitos kkks e perguntas de que se alguém no mundo ainda borda?
"Tudo em um grande fosso: cozinhar, bordar, fazer crochê ou tricô, cuidar de uma casa, trocar receita com as amigas, passar roupa, gostar de comprar um lençol novo para a sua casa, costurar... tudo isto passou a ser horrível...Hoje os seus ideais são aqueles que a sociedade de consumo prioriza. Falam várias línguas mas são incapazes de compreender o que o seu filho diz. Se submetem à cirurgias perigosas para exibir o corpo que a modelo (que foi abençoada pela natureza) exibe nas capas de revista.
Ficaram mais masculinas, sem que isto signifique absorver o que o sexo masculino tem para nos ensinar. Perderam a diferença que nos tornava especiais.
No meu primeiro dia de curso de pós-graduação o professor entregou a cada aluno uma folha onde ele teria que identificar as características de cada aluno. E trazia uma série de opções, tais como: quem tem cachorro, quem é casado, quem tem filhos, quem pratica esporte, etc.etc.etc. E, de repente, me vi cercada por 40 jovens, todos com idade para serem meus filhos, porque era preciso identificar “quem sabe fazer crochê?” Fui selecionada pela idade. E todos acertaram a resposta: sim, ela faz crochê...
Apesar de ter ficado longe dos bancos escolares por mais de 25 anos eu me dei muito bem no curso. Primeiro, porque sempre acreditei e acredito que é preciso aprender para não morrer e me dediquei muito aos estudos. Segundo: eu podia não conhecer todas as teorias modernas de marketing mas eu vivi todas as histórias que serviam de exemplo – Mappin, Lojas Brasileiras, Arapuã, Mesbla, Rede Tupi, Transbrasil, Varig, Vasp."
Palavras de uma empresária, dona de casa, que cozinha, borda, faz crochê, lava, passa, vai ao estádio torcer pelo Cruzeiro com o marido, tem blog, celular, não tem papas na língua,  de uma mulher, como muitas, que quebra o coco sem arrebentar a sapucaia.

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