Nas filas do mercado, banco, em salas de espera de consultas, exames, cursos e afins, não tenho ouvido e visto muitos bate papos, trocas de receitinhas e crendices de curas caseiras, dicas, histórias alheias nem entre as pessoas que vão juntas, muito menos entre vizinhos da cadeira, da turma em pé, vejo é entre atendentes que impossibilitados de usar redes sociais nos seus monitores e aparelhos de telefone, aproveitam para botar o papo em dia enquanto uma legião cheia de compromisso e muitas vezes incapaz de reclamar sem grosseria, espera.
Isso sem falar nos almoços e outras "socializações" entre amigos e até a dois, que um não foca no outro ali presente, não interage. Reflexões que já viraram mudança de comportamento por aqui após uma ida a baiana do acarajé acompanhada e na ida e durante o pedido e o comer e o pagar fui sozinha pois minha companhia estava no celular e sem fazer bico ou pensar duas vezes pediu desculpas e como que por encanto não fez mais isso. Também de uma espera dia deses em que observei a minha volta as pessoas caladas, o silêncio me incomodou e anotei num papel para cronicalizar.
Resolvi trazer em plena segunda-feira essa #focanobatepapo, como observação, cutucada e desejo de uma semana interativa e comunicativa. De arremate, a lembrança do sorrisão tipo o da foca da ilustração, com minha saudação a Jair Rodrigues, para que se deixe de lado smarts, anti-socialidades e que as pessoas se olhem, se falem, digam bobagens, se conectem na real, que não precisa de wi-fi e limites não tem, na espera ninguém tá fazendo nada, você também!