Foto de Dinah Fried, do livro: Fictitious Dishes
Tenho visto, de um tempo para cá, muitos livros e crônicas que falam de comidas associadas a sentimentos, vivências, memórias. Eu mesmo publiquei algumas coisas aqui, escritas por mim, que ganharam tempero especial após eu ganhar o livro de receitas de Dona Etelvina, ver aqui. E ai, mais um tipo de literatura pela qual tenho me interessado e que tenho colocado títulos em minha lista de desejos. Para desejar junto, seguem breves resenhas, uma é do livro: Fictitious Dishes: An Album of Literature’s Most Memorable Meals (em tradução livre: Pratos ficcionais: um álbum das refeições mais memoráveis da literatura), a outra do livro: Comidinhas de Rua, que pelo diminutivo comidinhas já me ganhou, pois adoro falar diminutivos e comidinhas em particular me lembra fazer comidas com folhas, pedrinhas e água nas panelinhas de minha infância.
O estrangeiro é da designer e diretora de arte Dinah Fried, que produziu e fotografou pratos citados em livros como Alice no País das Maravilhas (retrato que ilustra o post) e O Apanhador no Campo de Centeio, a obra foi publicada pela Harper Collins. Mais no site da autora.
O das comidinhas, além do diminutivinho me pegou de jeito por ser de belisquetes de rua, sou do pastel ao acarajé, passando por churrasquinhos com farofa, milho e amendoim cozido, caldo de cana com abacaxi e tudo que é popular. Adoro! E o que não conheço faço questão de provar. Tenho um certo parâmetro de limpeza e asseio para comida e quem vende, mas sem neuroses, acho até que pretume de assadeira, tacho, panela velha, vento da rua, papel de embrulho de má qualidade (daqueles com cheiro de padaria das antigas), faca que corta a cebola e depois acocada, dão um toque de gourmet aos pratos. O livro é de autoria de Tom Kime, pela Publifolha. O mesmo autor publicou outro chamado: Comidinhas orientais e eu outro dia confessei via Instagram que sou uma baiana com dendê e pimenta, filha de espanhóis, louca por italianices e doçurinhas portuguesas e com apetite oriental insaciável. E sou mesmo! Tem quem pergunta ou só pensa para onde vai essa comida toda. Acho que para língua e para os dedos pois falo feito a nega do leite. Falando em leite, amanhã tem leite aqui, é que tô nessa de culinarices, leituras e escritas sobre o assunto, causar desejos (nos outros e em mim, provocar papos e reflexões poético alimentares. Um brinde a maio! Saboreemos cada dia, muita leitura, candura, carinho e cantos de passarinhos.