Eu tinha programado deixar por todo o final de semana a postagem de ontem e só voltar a postar na segunda. Mas um voo inesperado rumo ao céu, uma curva na estrada fez nascer essa publicação para uma pessoa tão pessoa, tão humana, tão poética sendo política, a quem dedico as poucas e significativas palavras de Pessoa: "A morte é a curva da estrada, morrer é só não ser visto."
Tenho em mim esse sentimento de perpetuação de todos em todos e em tudo, seja uma pessoa com poucos relacionamentos que vai ser lembrada pelo cara da padaria, a moça do supermercado e os coleguinhas da escola, que fez um banco que vai ficar numa praça por anos a fio, que riscou seu nome numa calçada ou no tronco de uma árvore, seja uma pessoa tão expoente como Mandela, que teve muitos e mundiais contatos pessoais e interpessoais, que fez marcas indeléveis, deixou lições, frutos, sementes, pessoais, sociais, morais, espirituais.
Aparentado direto de Deus, sem sobra de dúvida. Como foi dito na recepção a ele aqui na Bahia em sua vinda em 1991: "A casa é sua irmão", acho que foi o que Deus disse a ele ontem, um dia após a sua chegada e bate papo com os anjos locais, em uma sexta-feira, dia de todos os santos aqui na Bahia, lembrando que ele partiu para sua terra Natal na época da estrela guia, um iluminado sem dúvida.