A partir dessa definição do poeta ilustrador passaversista, aparentado com Guimarães e Manoel, Alexandre Reis, concluo que inventar vocabulário, seria: inventabulário e cavucar e compartilhar criações alheias: cavucalhamento. Quem assina e aprova?
Já que coloquei Manoel na roda, não posso deixar de falar como cantiga que diga o tanto que tenho de bom a dizer sobre. Além de um palavrista, poeta e inventor de imagens que comungam sonho e realidade, com cheiros e sons de natureza, esse senhorzinho menino desafia a lógica e a imaginação dos seus leitores, é um cavucalhador de mentes e corações.
Orquestrando as palavras que todos conhecemos com outras paridas e algumas entrelaçadas em um cavucabulário invencionático compartilhado com quem tem asas, ele aproxima seus leitores do poder inerente a todos, o da criação e faz intima e produtiva a relação pessoal e coletiva com os ruídos e silêncios da natureza e das coisas.
Flora e fauna passam a ser para quem o lê, percursionistas e entre os cheiros das cores e gosto do vento, tampas de panelas, parafusos, portas e pratos ganham novos significados. Palavras, iluminuras e sentidos que que se unem em poesia, que cantam os valores que não estão nas coisas, estão em nós.
Flora e fauna passam a ser para quem o lê, percursionistas e entre os cheiros das cores e gosto do vento, tampas de panelas, parafusos, portas e pratos ganham novos significados. Palavras, iluminuras e sentidos que que se unem em poesia, que cantam os valores que não estão nas coisas, estão em nós.