Registro minha homenagem a todos os escritores(as) citados e recomendados por mim, aos que nunca citei mas gosto, uma homenagem especial aos que escrevem poesias, aos que publicaram o primeiro livro esse ano, aos que fazem publicações em seus blogs e também aos que escrevem em cadernos e folhas de papel que as vezes ninguém lê.
Falando em escritores que nunca falei aqui, resolvi trazer um que nunca falei porque é uma recente descoberta: Moacyr Scliar é o nome dele, nascido em Porto Alegre, lugar que me lembra Chica, escritora e amiga (olha ele ganhando simpatia extra de mim). Era médico, além de escritor, duas lindas profissões.
Vou confessar que me empolguei e escrevi a beça. Como dizia na abertura de um programa da TV Cultura que eu assistia com meu filho quando ele era miudinho: "Senta que lá vem história".
Sciliar é autor de mais de 80 livros de vários gêneros, sendo as crônicas seu carro chefe. Em uma seleção de crônicas dele, reunidas em um livro chamado: A poesia das coisas simples, da Companhia das letras, organizado e prefaciado por Regina Zilberman, descobri que ele leu e gostou muito, como eu, do livro: O livreiro de Cabul, bom livro para ser indicado no dia de hoje, que embora eu já tenha lido está na lista dos que vou comprar um dia para minha coleção.
Como bem diagnosticou o médico escritor Scliar: "As pessoas que amam o livro, amam-no não só por seu conteúdo, pelas histórias que conta ou pelas ideias que expõe; as pessoas que amam o livro, amam-no também como objeto."
Como bem diagnosticou o médico escritor Scliar: "As pessoas que amam o livro, amam-no não só por seu conteúdo, pelas histórias que conta ou pelas ideias que expõe; as pessoas que amam o livro, amam-no também como objeto."
Não podia deixar de pontuar que comprei "A poesia das coisas simples" pelo nome e pela capa, embora acredite e valha para livros e pessoas, não se fazer julgamento pela capa, costumo comprar livros sem ler a descrição ou a orelha como geralmente se faz. A tal capa a propósito, é azul celeste e há passarinhos voando por ela. Recortei trechos de uma das crônicas dele, publicada por Moacyr Scliar em 1977 para trazer, segue:
"As perguntas feitas aos escritores são interessantes. Refletem a concepção de que a literatura se gera no escritório como resultante de uma conjuntura peculiar, de certas manobras, de determinados ritos...alguns escritores escrevem de pé (como Hemingway) e outros, deitados (como Proust)...Pergunta-se aos escritores como e por que começaram a escrever. Como, não é difícil de descobrir, mas o porquê, ah, o porquê."
São tantos porquês e "para ques", pessoais, coletivos, vocacionais, sensoriais. Palavras reunidas, garimpadas, enfileiradas, rabiscadas, digitadas, impressas, registradas, advindas de vivências, filosofias, fantasias, reflexões, relatos, sentimentos, sensações.
Scliar foi colunista dos jornais Zero Hora e Folha de São Paulo, escreveu e contribuiu com suas ideais e pensamentos para vários órgãos da imprensa e tem textos seus adaptados para o cinema, teatro, tevê e rádio, inclusive no exterior. Em 2003, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras e em 2011 foi escrever no infinito azul celeste.
Para fechar, vou divulgar e divagar sobre o Plano Municipal do Livro e da Leitura de Salvador, do qual faz parte da construção uma amiga minha, Adriana Gonçalves Reis, para quem mandei algumas sugestões e hoje está havendo uma conferência, na qual novos passos serão dados. A quem morar aqui e se interessar pelo tema está feito o convite a participar do evento, que será na Biblioteca Thales de Azevedo, às 14 horas.
Para fechar, vou divulgar e divagar sobre o Plano Municipal do Livro e da Leitura de Salvador, do qual faz parte da construção uma amiga minha, Adriana Gonçalves Reis, para quem mandei algumas sugestões e hoje está havendo uma conferência, na qual novos passos serão dados. A quem morar aqui e se interessar pelo tema está feito o convite a participar do evento, que será na Biblioteca Thales de Azevedo, às 14 horas.
O mundo precisa de muitos e bons escritores e de acesso e incentivo a produção literária. As pessoas precisam de boas leituras, pois, na minha opinião somos o que comemos, lemos, ouvimos, assistimos e o mundo precisa de gente sadia, esperta, gente bem resolvida, com acesso a informação, com opões de interação e intervenções fora do virtual, de pessoas com opiniões a dar, com esperança em mudanças.
Minhas contribuições não são do tamanho da necessidade de acesso e incentivo a leitura que a minha cidade precisa, mas foram feitas no tamanho exato de minha crença de que se cada um colaborar dá para melhorar.
Minhas contribuições não são do tamanho da necessidade de acesso e incentivo a leitura que a minha cidade precisa, mas foram feitas no tamanho exato de minha crença de que se cada um colaborar dá para melhorar.