Os Estados Unidos é bem longe, nunca fui boa em geografia, mas posso garantir o quanto é longe pois foi minha primeira viagem internacional e como tinha medo de avião fiquei acordadinha todo o voo, sei que não sei voar, sou só passarinha no apelido, infelizmente, mas fiquei de olhos abertos, monitorando o piloto, risos. Medo superado, Disney visitada e a certeza de que é tudo muito legal lá, mais do que eu já achava que era legal, sem política, histórias, economia e outras questões na baila. Eu curto todas as influências positivas e afinidades pessoais que tenho com todo canto do mundo.
Hoje, 4 de julho, tenho no cadastro uma data cívica que não é minha, mas resolvi trazer para cá. Resumindo, tudo começou em 1607, quando um pequeno grupo de colonizadores fundou a primeira colônia inglesa permanente na América, seguidas de outras tantas espalhadas pela costa Atlântica, todas sob o domínio do rei da Inglaterra que resolveu cobrar impostos dos parceiros colonizadores, que se recusaram a pagar, dando início início a muitas revoltas e à Guerra da Independência em 1775 e um ano depois foi formulada a Declaração da Independência para proclamar a separação das 13 colônias americanas da Inglaterra, escrita por uma comissão liderada por Thomas Jefferson e promulgada em 4 de julho de 1776 na Filadélfia por delegados de todos os territórios.
Resolvi fazer essa postagem, não só pela presença constante da cultura, costumes, língua, produtos americanos em nosso dia-a-dia, seja nas grandes metrópoles ou em lugares distantes e recônditos, mas também para pegar o gancho para falar de um filme chamado: "Tão forte e Tão perto", uma história muito triste e ao mesmo tempo muito linda, sobre um filho muito apegado ao pai que o perde no dia 11 de setembro, outra data que é deles e é do mundo, o infeliz dia em que as torres gêmeas foram atingidas.
Assisti a esse filme mais de uma vez e assistirei outras ainda e a cada vez me sensibilizo com as mensagens centrais e adjacentes, com o menininho, com a atuação de Tom Hanks (adoro), do senhorzinho que o fantástico papel do avó do menino e com Sandra Bullock, que dá show no desfecho da história.
Toda a história é cheia de sutilezas, metáforas, de exemplos de amor, de lições de vida, de vínculos familiares, de busca, de superação, de perdas, de independência. O artifício do personagem Oskar para vencer a ansiedade e o medo batendo em um pandeiro, a catalogação, visitas e encontros interessantes dele em sua busca por respostas, o livro de colagens e recorte, com o pai voltando a World Trade Center, as fotos do corpo caindo no ar que ele diz que cada filho, mulher, mãe, vê características de quem perdeu, as lembranças e frutos emocionais de suas brincadeiras com pai que driblam e curam as manias do garoto, que usa máscara de gás e é um mini-gênio mas sem traquejos sociais. Ao meu ver, os jogos e brincadeiras criadas e incentivadas pelo pai são uma maneira que ele encontrou caso se ausentasse ou mesmo com sua presença, de que o garoto saísse de casa e se relacionasse com pessoas. Os traços do pai encontrados em seu avô e a confiança que ele deposita nele, a comunicação sem palavras e cheia delas entre os dois, clica aqui para ver um vídeo com cenas do filme sobre eles dois e entrevista com os atores sobre Max von Sydow, o ator que faz o papel do avô.
Do muito que gosto no filme, destaco a lição dada ao avô por Oskar, sobre o porque de ele não falar, de isso ter sido uma decisão dele como referência a um evento ruim, decisão essa que pode ser revogada, se assim ele decidir, como muitas das travas que muito de nós temos, que por vezes nos vencem, mas podemos vencê-las, como heróis que somos, cada um de nós.
Do muito que gosto no filme, destaco a lição dada ao avô por Oskar, sobre o porque de ele não falar, de isso ter sido uma decisão dele como referência a um evento ruim, decisão essa que pode ser revogada, se assim ele decidir, como muitas das travas que muito de nós temos, que por vezes nos vencem, mas podemos vencê-las, como heróis que somos, cada um de nós.