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Datas cívicas e significativas

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Até 1763, Salvador foi a capital do Brasil e cá estavam instalados de malas e cuias os patrícios portugueses, há mais de 200 anos. Com as pressões pela independência, as tropas portuguesas concentravam e centralizavam seu comando em Salvador. Em fevereiro de 1822, chegou de Portugal a designação do brigadeiro Madeira de Mello para o comando das armas na Bahia e ai foi batalha pra tudo que foi canto de todo o recôncavo com os brasileiros no incio sob o comando do general Pedro Labatut e depois do coronel José Joaquim de Lima e Silva. A batalha decisiva foi em 2 de julho de 1823 quando as tropas brasileiras entraram em Salvador.
Um soldado muito hábil e audacioso de nome Medeiros, juntou-se às tropas que combatiam os portugueses no movimento de Independência. Maria Quitéria de Jesus Medeiros, disfarçada de homem, foi esse soldado, que teve uma infância normal e depois da morte de sua mãe, assumiu a tarefa de cuidar dos dois irmãos mais novos. Já crescida, ao saber da convocação do exército pediu permissão ao pai para se alistar, mas ele não deixou. Ela então se disfarçou com roupas emprestadas do cunhado e, contra a vontade do pai, alistou-se no regimento de artilharia, como soldado Medeiros. Foi transferida para a infantaria e passou a integrar o Batalhão dos Voluntários do Imperador, tornando-se a primeira mulher a pertencer a um unidade militar no Brasil. 
Maria Quitéria é patrona do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro. Em 1953, aos cem anos de sua morte, o governo brasileiro decretou que seu retrato fosse inaugurado em todos os estabelecimentos, repartições e unidades do Exército do Brasil.
O festa do 2 de Julho, apesar de pouco conhecida nacionalmente é de grande valor e significado político e social para todo Brasil, na conquista de sua independência. O reconhecimento histórico e conhecimento dos heróis de nossa história, gente que simboliza nossa gente, é  justo e necessário no meu modo de ver, para uma sociedade mais interessada nas questões políticas e sociais, mais envolvida patrioticamente com suas cidades, seus patrimônios históricos materiais e imateriais. Homens e mulheres, de grande e baixa patentes,  lavradores, escravos, índios, pessoas que com seus estudos e habilidades de diversos tipos contribuíram para a independência de seus estados e do Brasil com um todo.
Maria Quitéria, Joana Angélica de quem falei aqui e tantos outros nomes devem ser apresentados nas escolas, falados em casa, lembrados, cultuados por seus feitos no dia-a-dia e em suas datas cívicas, com orgulho, respeito e admiração.

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