Segue um poeminha que li ontem
Que além de brincar com bonecas
Tem uma grande mãe como exemplo
Ju já está mais crescidinha
Quase uma mocinha
"No mundo do faz de conta
Escrito por uma amiga
Uma menina voadora, chamada Anne Lieri
Essa gartotinha na foto é Julia em treinamentoQue além de brincar com bonecas
Tem uma grande mãe como exemplo
Ju já está mais crescidinha
Quase uma mocinha
"No mundo do faz de conta
As meninas inocentes
Pequenas mães já despontam
Feito pequenas sementes
Acalentam doces sonhos
São elas suas filhinhas
Com seus rostos tão risonhos
Trocam fralda, dão papinha
Ninam suaves cantigas
São as mamães e as filhinhas
Brincadeira tão antiga
Levam para passear
Conversam como mocinhas
Aprendem assim a amar
São as mães de mentirinha
É treino, é uma missão
Coisas da vida, magia
Pra ser mãe de coração"
Lendo o poema fiquei pensando nas vezes que ouvi depois de ser mãe de verdade não ser mais legal dar mesinhas de passar a ferro para as meninas, nem joguinhos de pratinhos e xícaras, feminismo a flor da pele. Argumentos do tipo: Quando grandes se brincarem de casinha as meninas vão estar enjoadas das tarefas ou As meninas quando mulheres já vão ter toda essa trabalheira. Dar maquiagem, roupas é a moda. Já ouvi até a argumentação de que dar livros faz a criança enjoar cedo e depois se desinteressar na escola. Sem comentários, não cabe em meu entendimento.
Ai pensei com meus botões que por conta talvez dessa troca de presentes, dessa adultecência da infância, desses preconceitos, as meninas, se tornam mocinhas que não lavam um copo, não sabem lavar um banheiro, não sabem pregar um botão e ai se tornam mães sem nenhuma prática com mamadeiras e improvisos como as comidinhas de grama de quem brincou de casinha e de ser mãe, colocar fraldas, ninar, levar a boneca para passear e lhe ensinar bons modos.