Bem, foi assim que esse post veio parar aqui: Na calada noite de ontem o entrevistado na tv para quem faço bico foi citado já por mais de uma vez por meu amado, como coitado, tipo você não quer mais saber do pobre só por causa do programa que ele assumiu, antes você tinha olhos solares para ele. O pobre é o Pedro Bial, o Programa é o tal BBB e o ponto que marido tem e eu não me recordo como bem querer pelo cabra é um texto popular de nome Filtro solar.
Ai eu, que invoco mesmo por um fiapo e faço um tear, assumo que sou dessas, tenho também um observar de memórias inventadas que tecem a nosso respeito e nós a respeito dos outros e invoquei que não lembro de nada desse texto além, do nome e eu tenho memória para textos que gosto, poemas sei de cor, enfim. Encafifei! O cabra não era repórter? E eu gostava dele? Nem a jornal ou Fantástico eu assitia, hoje em dia vejo mais, para estar informada, mas encantamento não tenho. Como compartilhei esse texto com ele? Copiei? Vimos juntos e elogiei, pode ter sido isso. Deve ter isso isso!
Ainda que com essa opção como muito pertinente, ainda reticente, resolvi procurar o ano de publicação do tal texto, passar o olho na mensagem, palavras, frases, pra ver se algo me vinha na memória e eis que descubro que foi em 2003 ao ar no Fantástico a narrativa dele do tal escrito. Eu com meu filho com 3 anos, capaz tenha ouvido e gostado, natural, fora meu esquecimento habitual não me lembrar, filhos de três anos demandam muita atenção e são um emaranhado de informações. Então tá! gostei! falei bem e hoje falo mesmo mesmo, desculpa Seu Pedro.
Contextualização feita para a minha descoberta e partilha de que o tal texto não foi escrito pelo tal. Ele traduziu, gravou cd, declarou que não ganhou um centavo por isso, ganhou apenas a fama. Como se ter afama de ter algo atribuído a si fosse positivo, eu que tive humildes textos publicados como sendo de uma plagiadora no Face por um ano, sei de minha indignação, sem as proporções da fama do apoderamento da tal texto do Bial.
Foi no tempo do e-mail que se "deu" a autoria a ele e mais difundida é ela que a não autoria. E assim caminha a humanidade, esse é um caso de mil. Foi no último Fantástico de 2003, antes do anúncio do vídeo produzido e narrado por Bial e Renata Ceribelli mencionou que o mesmo era de autoria de uma cronista americana, detalhe ignorado e com um detalhe que não me desceu. Basta essa menção a ser de uma autora americana em programa de tal dimensão? Para mim no Instagram em legenda, uma mínima frase deve ter o nome do autor citado, além das aspas (que muitos nem usam), seja o nome de Drummond ou meu. Ao meu ver não foi completo de lisura, não citar o nome, ou qualquer outra referência da autora do texto. De uma hora pra outra, o texto da sem nome virou mania nacional e até hoje, a grande maioria das pessoas não tem ideia de que o texto não é original, que não foi escrito pelo jornalista que, aliás, tem talento reconhecido no meio, apesar das minhas reticências 9quem sou eu na fila do pão).
Mary Schmich é o nome da autora que vale registrar, no livro Filtro Solar, da Editora Sextante, ele dá o devido crédito, com pouco espaço, alcance e reconhecimento. Eu depois do uso deslavado de meus escritos, divulgados, comentados e elogiados pelo Face que denunciaram anonimante e agradeço a cada vez que me recordo do fato e penso que lá sei quantas pessoas leram e reproduziram e ainda reproduzem como sendo da sem noção ou até como seus, dei uma murchada nos escritos longos, uma cismada com tudo já publicado, senti necessidade de registar os textos, organizar e publicar um livro. Talvez uma pausa nas férias de final de ano por aqui, dezembro e hjaneiro, para garimpar os textos, organizar, levar mais coisaspara o Pensador uol, fazer buscas de possíveis plágios e as devidas denúncias. Um sentimento de cansaço, de entendimento de quem eu busco mais textos e não há, não há cotatos, passou a escrever no modo analógico ou faz disso um ganho, com renda e devidos registros. Dá trabalho manter um blog ativo, textos, atenção aos comentários, a variedade de assuntos, se expor, expor opiniões, levar ânimo, inspiração e embora o retorno não seja o que me move, dá uma travad nas rodas essa engrenagem torta e tortuoso do mundo digital, do mundo de leituras rápidas, de cópias, de pouco recheio e muitas coberturas e enfeites.