Quantcast
Channel: Meu Blog e Eu
Viewing all articles
Browse latest Browse all 957

O tempo muda o espaço?

$
0
0
Andei muito de bicicleta de lá para cá nesse corredor
E nos blocos
Joguei baleado (adorava), futebol
Brinquei de garrafão, de pisa pé, de Mamãe posso ir
Skate, patins, bambolê, elástico
Lá no fundo a Arena Fonte nova
Em cima da quina do muro amarelo
No primeiro andar, onde por muitos anos morei
Respondendo a pergunta título dessa publicação, penso que as vezes sim, as vezes não, as vezes muito, as vezes pouco e na emenda, as pessoas também mudam, o sentir o olhar e as vezes não. Estar no mesmo lugar ainda que não seja exatamente mais o mesmo, perceber o que mudou, fazer paralelos do que era com o que nossos olhos estão vendo é uma vivência interessante, que pode ser divertida, reveladora, terapêutica.
Dia desses passando a pé (passo muito de carro e ônibus) pela entrada do prédio onde morei na minha infância e juventude, entrei para fotografar, pois poucas fotos eu tenho na área externa do prédio e queria entrar, sentir, respirar o ar ali, além de fotografar, pois foi lá que brinquei muito, foi lá que conheci meu primeiro namorado e marido e se não contei isso aqui já, inclusive que pessoas entraram depois de mim e fecharam o protão e não tinham a chave, emoções diversas), se já trouxe para cá uma das fotos ou foi só lá no Instagram que publiquei, agora já não sei e o tempo curto não me deixa pesquisar antes de postar para lincar. Resolvi uma das fotos colocar, afinal figurinha repetida não completa álbum, mas enfeita a porta de guarda-roupa, o caderno, cartinhas, blogs porque não! E o contar se foi repetido, amigos tem isso, contam e tem que ouvir as vezes as mesmas histórias.
E nesse fiar dessa história dessa foto que ilustra o post com o papo da introdução e prática minha de revisitar lugares, sempre que posso, que me dá na telha ou quando rola sem querer aproveito e recomendo, resolvi fazer ponte com uma dessas matérias, posts, histórias que descobrimos ou nos são apresentadas por alguém via web. Chronica Mobilis, descobri dia desses, é um projeto, uma performance interativa, um jogo com dinâmicas que acontecem simultaneamente dentro de um espaço de exposição e nas ruas, onde o público pode atuar como jogador ou apenas assistir à apresentação no espaço de exibição. A temática, eis a relação com a introdução e a minha pessoal contação, é o tempo e as diferentes maneiras através das quais percebemos e vivemos os lugares em diferentes momentos de nossas vidas. A dinâmica com as pessoas nesse projeto, que imaginei como deve ser, mas confesso não consegui visualizar exatamente, (clica aqui para saber mais) é através de situações vividas na infância, juventude e idade adulta, cada fase representada por memórias do passado a serem descobertas em diferentes lugares.
Essa experiência, jogo, projeto, fruto de um intercâmbio entre brasileiros e espanhóis (olha eu me identificando ainda mais), foi desenvolvido primeiro remotamente e depois presencialmente pela primeira vez entre outubro e novembro do ano passado e vem acontecendo por ai, aconteceu aqui em Salvador esse ano (perdi), vale acompanhar se se interessar, fazer contato.
Passadas algumas informações, feitas as devidas ponderações, que façamos reflexões, oportunizações individuais e em grupos, com intenções ou sem pretensões, com dinâmicas ou não, em família e até sozinhos. Vai lá dia desses no Colégio que estudou na infância, adolescência, rever o lugar, lembrar dos professores, que aproveito para pelo dia hoje, homenagear. Vai naquela mesma praça, naquele mesmo banco, naquele mesmo jardim e se cronicalizar ou poetizar, conta pra mim.

Viewing all articles
Browse latest Browse all 957

Trending Articles