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Selva de concreto e verde

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E ai, lembrei dessa foto que já veio para cá, que tirei da segunda vez que fui em Sampa, uma flor no meio da Paulista, em meio a chamada selva de pedra. Lembrei quando vi um projeto, já brotando em São Paulo, por uma cidade menos cinza e mais verde. Há quem reclame por lá, pessoas comuns e pops do canto dos passarinhos que se além de cantar falassem diriam: Vão ter que nos engolir!
Há quem vá dizer que é mato, que vai atrair bicho e coisas escalafobéticas, fato é que é simples, positivo do ponto de vista ambiental, visual e sentimental, humaniza ter plantas, verde em volta, ver e conviver com a natureza, suas manifestações nas diferentes estações, ainda que com sintomas diferentes e não tão marcados em cada lugar, segue um curso, ensina, se transforma e transforma.
Estou falando de uns tais Jardins verticais, horta em terraços, canteirinhos e hortinhas em apartamentos e escritórios. Seguem palavrices, semear e explicar de Denise Dalla Colletta, da Revista Época. "Das recentes polêmicas quanto ao vão livre do Masp ao futuro Parque Augusta, o debate segue uma direção: os moradores de São Paulo precisam ocupar os espaços livres com atividades ou apenas com verde. O problema é que, especialmente no centro, os espaços vazios parecem raros em meio aos prédios e ao asfalto. Que tal mudar de ponto de vista?
Algumas mentes criativas do Movimento 90º olharam para o alto. O grupo, formado por arquitetos e outros profissionais, quer encher a cidade de jardins verticais. A manta verde vai cobrir a empena cega dos prédios, aquela parede externa sem janelas das construções.
Além de deixar a cidade com uma cara melhor, a cobertura vegetal ajuda a diminuir a temperatura do ambiente interno, reduz a entrada de barulho da rua, melhora a qualidade do ar – e o morador ainda pode virar vizinho de alguns pássaros e insetos.
A primeira experiência temporária foi feita na Rua Augusta durante a Virada Cultural em maio. No último dia 9, o grupo instalou um jardim permanente em um prédio do Minhocão, o primeiro jardim vertical em empena cega da América do Sul.
Uma parede de 220 metros quadrados foi coberta com 19 tipos de plantas e sistema de irrigação e adubagem automatizados. Do outro lado, uma instalação artística da Escola São Paulo ocupa uma área de mesmo tamanho."
Aos poucos o escuro é claro, quem quer arranja um jeito, quem pensa, quem vai e faz, quem não quer, só funciona na politicagem, tem concreto no coração e nas ações arranja desculpas, se acostuma. O que mata um jardim como bem disse e poetizou Quintana, não é o abandono e sim o olhar de quem passa por ele indiferente, o mesmo vale para o negro e cinza dos problemas sociais, ambientais, comportamentais. Flores então nos caminhos e cantos de passarinhos, no interior e na cidade. Felizes cidades, felicidades a quem por aqui passar!

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