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Channel: Meu Blog e Eu
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Pronto falei!

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Ai eu, como de costume, a olhar os livros pelas prateleiras de literatura, filosofia, poesia, por nome de autores que amo, buscas dos listados por motivações e meios diversos e a me inteirar dos lançamentos que ouço falar e dos que não, gostei do nome, da capa e da proposta de interação de um livro de autoras pops entre os adolescentes (pops tipo pop star, de gritaria e tumultos que não combinam com livrarias). Enfim não dá pra mim! Direto e simples assim!
E ai, o fim do meu encanto se deu após ter colocado o livro no seu local de destaque, pensando boa oportunidade para ler um pouco de cada uma, embora algo de uma eu já tenha lido e um livro comprado pra minha sobrinha não muito apaixonada por palavras.
Nada tipo na sequência, foi dias depois, a quebra do encantamento, quando vi uma entrevista sobre o livro e de cara compreendi não foi houve interação e sim intenção de vendas, tiragem, exploração da tietagem. Digo não houve interação, não sob minha ótica, cada uma escreveu sua parte sozinha, independentes, zero de trocas e de correlação e intenções com relação aos textos. Uma delas, disse sem ressalvas, que os textos não se comunicam e com gírias, caras e bocas falou: “Claro, que eu falei do verão!” (claro pra quem, porque claro, sendo no programa que foi a tal entrevista, o público mais claro era que não soubesse bem quem cada uma delas era e a apresentadora fez a tiete e pela sua bagagem devia  ser a tietada e cada um das escritoras de estar ali se sentirem honradas), não foi assim.
E ai, cada uma falou de uma estação em seus textos, pois assim deve ter idealizado e proposto a Editora por encomenda. É o mercado dos livros além do conteúdo, da poética, da biografia e estudo acadêmico dos autores, com o detalhe pra dizer o mínimo de que humildade e hierarquia não fazem parte do perfil fama dos novos autores, bem resolvidos, com público certo e redes sociais como solo sagrado.  O livro é “vendido” como escrito pelas quatro, como que se reuniram, mas a real é que é como tantos é fruto de um projeto ambicioso de uma editora com vitrine e traquejo comercial e resolvi trazer a baila essa reflexão, nada pessoal, apenas uma luz sob o que há por trás de grandes lançamentos.
Eu cá com minhas reticências a modinhas, histerias e livro qualquer valer, acho que muito do abordado, como é abordado, sem os devidos graus de responsabilidade em formar opiniões e conduzir comportamentos vem alimentando uma geração fútil, arrogante, problemática, caricata, pouca literatura, muitas manias, unanimidades, modinhas, petulância e afins. Só acho! E antes que eu me esqueça no mesmo programa descobri no final e sem muita tietagem e palco que Vanessa da Matta lançou um livro em 2013, nunca ouvi falar dele, me interessou e acho o encanto não vai se quebrar, A filha das flores é o nome, clica aqui para dar um olhada.

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