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Das memórias fotográficas

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Lembro de manusear e imaginar montar álbuns de fotos como uns que tem na casa de minha mãe, de um tempo em que se colava as fotos num papel grosso que eram as páginas dos álbuns, com cantoneiras ou cola por baixo mesmo, um papel de seda separava e protegia as imagens. Tinha uns com uma folha autocolante que destaca-se, põe o retratos e põe a folha transparente e adesiva por sob a foto e ela veda a imagem colando nas bordas do papel listrado e adesivo. Tenho desses com minhas fotos e fotos de meu filho. Os das folhas de papel para colar as fotos, com e sem papel seda hoje tem nome estrangeiro e pinta de novidade, de artesanato, mas é um clássico.
Imprimo e monto álbuns com as tais fotos digitais, para ter em mãos além dos aparelhos, para não se perderem com a modernidade em aparelhos e mídias que pifam e ficam desatualizados, para olhar e tatear o objeto foto. Dar de presente, fazer ser presente momentos passados, sem compartilhar com ninguém, sem legendas, com anotações no verso as vezes e com versos e prosas que fazem reviver, sorrir ou chorar de volta para cena que ali foi registrada.
Um encontro para ver fotos impressas tentei marcar entre amigos, não deu muito certo, meu irmão teve a mesma ideia em separado ou talvez na sintonia do que não se captura com máquinas de fotos, não se explica, se sente, é e se perpetua sem precisar de álbuns, posts, palcos. Fotografias, filmes, espelhos em e entre nós, ele e eu, ele e as memórias dele, eu e as minhas, cada um e as suas e seus likes, seguidores, contatos, papel seda a proteger, separar e tempo a juntar tudo, cabendo a nós dar sentidos e valor. Por um domingo de fotos de domingo, fotos em casa, em família, parques, praças, sorveterias, praia, neve, rede. Das de guardar nma memória, para publicar, fazer  álbum, fazer valer e celebrar o viver.


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