"Jogue uma peneira sobre um pé-de-vento
Sempre há um saci escondidinho lá dentro
Aí, bem devagarinho
Pro danado não escapar
Tente tirar seu gorrinho
A sorte do Saci vira azar
Pro danado não escapar
Tente tirar seu gorrinho
A sorte do Saci vira azar
Sem o capuz vermelho
O Saci pára de aprontar
O Saci pára de aprontar
Falei ontem aqui do meu bem-querer pela Semana do Folclore e prometi trazer postagens sobre o tema. Esse trechinho de uma poesia, que é uma receita para pegar Sacis, tem uma apresentação e caracterização muito boa do danado, sem muitas ressalvas e cortes politicamente corretos. Eu já trouxe o poema todinho para cá mais de uma vez, compartilho sempre por ai, mas ainda assim não resisti de trazer hoje um trecho, sem saber exatamente de quem é a autoria, valendo ainda assim ao meu ver, a divulgação do escrito, com minha admiração a quem escreveu.
E eis que enquanto eu garimpava mais materiais, lembrei das Revistas em quadrinhos de Maurício de Souza, muitas do Chico Bento, por ser ele do interior, fonte que preserva várias lendas e tradições folclóricas. Lembro de uma edição do Cascão, com a capa cheia de personagens de Fábulas, uma do Chico com a Vó dele, Dona Dita, sentada numa cadeira de balanço, contando causos e uma galera sentada em volta dela no chão. Edições comuns, Almanaques e umas grandes, com capas diferentes. bonitas, temáticas sobre. Eu li na escola, nas bibliotecas, na casa de minha Tia Nélia, em casa, na casa dos outros. Comprei muitas para meu filho, meio que para mim também e ontem me ocorreu de me aproveitar da fase adolescente, que renega a infância e objetos afetivos e peguei para minhas prateleiras alguns Gibis.
Eu acho, só acho, que toda criança, de todas as gerações deveriam ter tido, devem ter e devem seguir tendo pelo menos um livro sobre lendas do Folclore brasileiro, além de revistas. Fica as dica! Seja para presentear, para ter um na estante e ou para passar a sugestão a diante.
Eu acho, só acho, que toda criança, de todas as gerações deveriam ter tido, devem ter e devem seguir tendo pelo menos um livro sobre lendas do Folclore brasileiro, além de revistas. Fica as dica! Seja para presentear, para ter um na estante e ou para passar a sugestão a diante.
A definição do 22 de agosto como Dia do Folclore Nacional, por curiosidade e para conhecimento, foi oficializada pelo Congresso Nacional Brasileiro em 1965 e assim a cultura popular desde lá, ganhou mais um dia para ser celebrada, reverenciada, sendo uma das muitas vias e oportunidade pontual de passar a cultura folclórica nacional de geração para geração. Em muitas Escolas aqui do Nordeste, principalmente as menores e centros culturais são realizadas atividades diversas, apresentações, exposições de trabalhos manuais, escritos, leituras, danças, cantos, brincadeiras, com o objetivo de valorizar e preservar a riqueza cultural de nosso folclore e muitas cores, beleza e lições envolvidas seja nos recadinhos dos contos, seja nas diversas formas de arte e linguagem trabalhadas, interação, integração, no sentimento de pertencer as tradições, de manter vivas as memórias dos antepassados, o ser brasileiro, criativo, multirracial, cultural, além fronteiras, muito além de credos e do digital, tal e coisa, coisa e tal.