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Sobre ler, tipo ler mesmo

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Dizem as estatísticas, conduzidas por muitos interesses que está se lendo mais no Brasil. Seria de se comemorar não fosse os tipos de leitura (ok, cada um tem seu gosto, mas tem certo tipo de leitura que não devia contar, assim como outras não contam e deveriam, assunto muito polêmico, melhor voltar para estatística). Pois bem, anda-se lendo mais e menos. Isso ai! Parece complicado, mas é bem simples, sugiro um teste rumo a resposta, mande um texto grande por zap e você receberá uma cara com tapa olho e outros memes escritos só li metade.
Além dos livros lindos cheios de ilustrações e frases apenas em rodapés, tá na estatística os modinha de colorir que as vezes não tem naaaaada escrito, livros tipo faça suas listas, escreva você mesmo e ainda as leituras midiáticas, que só é possível serem lidas na internet, com som e interações diversas. Novos leitores, novos livros, que fazendo uma média aritmética das páginas escritas dos livros antigos, por pessoas que liam, vezes, dividido e sei lá como se faz contas desse tipo, acho que estatisticamente, esse se estar lendo mais é meio fake. Nunca se leu tanto e nunca se escreveu tanto e tão errado e resumido é uma estatística também e bem mais real.
A pergunta é: O que se lê e escreve? Um pouco de tudo, tudo que todo mundo lê, tudo muito superficial, mais ou menos as três opções. Hum? Segundo o estudo Retratos da Leitura no Brasil, caiu o número de pessoas que gostam de ler jornais, revistas, livros e até textos na internet em seu tempo livre. A leitura específica de livros então puxa o número ainda mais para baixo. A quantidade de pessoas que leram pelo menos uma obra inteira ou parte dela nos últimos três anos no Brasil é uma das menores do mundo.
Uma das questões problemas desse nó cego é que é preciso não só ler, mas entender o que se lê e a tal da leitura fragmentada tornou os leitores mais superficiais. TL-DR é uma sigla em inglês para, traduzindo: Longo demais - Não li. Reação típica dos tempos atuais e o uso tanto critica o autor por seu falho poder de síntese, quanto redimi o leitor preguiçoso, o faz parte de uma maioria e ainda justifica qualquer má interpretação ou conclusão que ele tire a partir de uma leitura diagonal do que foi extenso demais. Enfim, isso tudo é demais ou seria de menos, para mim.

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