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Da riqueza da infãncia

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Severino Antônio é um doutor em Educação pela Unicamp, que há quarenta anos trabalha com ensino de Redação, Leitura, Literatura, Filosofia. Ele enumerou e analisou frases infantis em um debate, mediado por Ana Claudia Arruda Leite, idealizadora de um Projeto chamado: Ciranda de Filmes. E eu, mera mortal, na última publicação, que ficou aqui com bandeirolas dançantes por dois dias, toda enfeitada, do meu ser e ver eterno de menina, retomo hoje a palavra aqui, trazendo um chamado, um aceno, um incentivar e valorizar o rico, simples e popular ser criança.
Luciene Silva, que dentre outras atividades desenvolve pesquisas em cultura infantil e música, também fazia parte desse debate, que me foi enviado um trecho por e-mail por uma amiga, que como eu e como a essência da proposta, acredita que as descobertas, invenções e intervenções que toda criança faz e deve fazer no brincar, no ouvir, no falar, desenhar, escrever, que ficamos tentando ensinar e normatizar, com teorias e regras, são tão mais ricas se sensoriais, instintivas, pessoais, variadas e variáveis.
“A menina corre alegremente no corredor da escola e logo pedem que ela pare dizendo que é proibido. Ela então para e, numa naturalidade espantosa, pergunta: Mas aqui não se chama corredor?”  Severino comenta: “A infância é radicalmente poética porque ela esta próxima dos sentidos.”
“Um menino de três anos com a mãe no quintal: Deus fez isso, fez esse céu,  fez a nuvem, essa árvore comprida e até essa formiguinha?"
O todo e os pedaços, o grande e o miúdo, igual valor ou valores inversamente proporcional ao tamanho, importância econômica, esse é o pensamento mágico da infância. Deveríamos nunca perder o fio dessa meada. E assim no meio já perto do fim de semana, desejo e evoco a sabedoria da infância.

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