
Imagem Vladstudio
Mundo cheguei! Deve ser isso que dizemos ao berrarmos quando nascemos. Eu devia dizer também logo após alguns leitinhos que queria café. Já maiorzinha e tagarela, queria o laço do meu sapatinho vermelho virado para o lado que era impossível e teimava que no comercial do Baygon a Barata ao ser borrifada de veneno dizia "É escovapia" e não "É covardia!", muito mais óbvio e ouvido a toda potência pela televisão aumentada por mim mesma, mas escovapia foi defendido por mim com unhas e dentes.
E entre birras, teimosia, gênio forte, histórias, desenhos e palavras, acho que vim ao mundo para questionar, para querer entender e para após ter chegado até aqui pelos caminhos que caminhei e muitas xícaras de café que tomei, ter menos necessidade de explicar e de me fazer entender.
Sobre o que não concordo, não gosto e sobre o que passou, Jung ou Freud explicam. Eu não quero explicar mais nada, decidi eleger Manoel de Barros meu guru, vivo feliz como passarinha, em meu ninho, onde canto, sou amada, protegida e nos vôos que faço, vejo, admiro e contemplo a vista e distribuo sementes em terras que escolhem se irão ou não germinar.
E entre birras, teimosia, gênio forte, histórias, desenhos e palavras, acho que vim ao mundo para questionar, para querer entender e para após ter chegado até aqui pelos caminhos que caminhei e muitas xícaras de café que tomei, ter menos necessidade de explicar e de me fazer entender.
Sobre o que não concordo, não gosto e sobre o que passou, Jung ou Freud explicam. Eu não quero explicar mais nada, decidi eleger Manoel de Barros meu guru, vivo feliz como passarinha, em meu ninho, onde canto, sou amada, protegida e nos vôos que faço, vejo, admiro e contemplo a vista e distribuo sementes em terras que escolhem se irão ou não germinar.
Todos os anos eu divido o meu dia com ninguém menos que Roberto Carlos e são mesmo tantas as emoções e mais divisões, também nasceu no dia de hoje uma tia avó, chamada Amparo, mãe de meu padrinho, irmã de minha vô, mãos de fada para tricotar blusinhas que desfilei na adolescência, manta que embalei, aqueci e ninei meu filho e está aqui guardada no meu baú de tesouros junto com as histórias e saudade que temos dela. Dividi por muitas vezes o bolo e vela de meu dia com um vizinho do prédio em que morávamos e na escola, lembrança e admiração trazida até hoje, divido o dia, com os índios.
Canto de passarinho, dança da chuva onde há seca, do sol onde a chuva castiga, cura para as doenças do corpo e da alma, banhos de folhas, cheiro de terra molhada, rituais de fé, sabedoria e alegria das danças de roda para o dia de todos.
Registro aqui de antemão, minha gratidão por cada mensagem, homenagem, presente, cada letra, palavra, frase, texto, desejo, oração ou canção deixadas aqui ou enviadas para mim de alguma forma através desse garimpo e troca de amizade, poesias, crônicas, arteirices, bloguices que por vezes nos embalam por outras nos abrem os olhos e em ambos os casos expandem nossos horizontes.
Não sei para vocês, mas para mim o dia de meu aniversário é como um segundo ano novo, dia de olhar para trás e para frente, respirar fundo, sentir cheiros, gostos, dar valor as raízes que me sustentam e ao movimento das asas que possuo.