Iluminura que desconheço a autoria
“A falsa ciência não aumenta o nosso saber
Agrava a nossa ignorância”
Marquês de Maricá já dizia nos idos de mil oitocentos e bolinha
Tem muita gente que usa de forma inadequada, é sabido, e de forma ingênua (alguns de fato, outros se achando espertos), as ferramentas tecnológicas por trás das da vitrine, as falsetadas, mascaradas, que a ciência da computação, da engenharia, da telecomunicação dentre outras, com os olhos da política, do capitalismo e outros olhinhos mais, que cada dia mais se esmeram em refinar o olhar, aumentar o campo de visão, modernizar, interligar, fazer parcerias, planos, dando assas e algemas a sapiência humana.
“Nesse mundo digitalizado e conectado, o Estado nos vigia e o Capital nos vende, ou seja, vende nossa vida transformada em dados. Vigiam-nos pelo nosso bem, para proteger-nos do mal. E nos vendem com nossa própria concordância, quando aceitamos cookies e confiamos nos bancos que nos permitem viver de crédito (e, portanto, julgam-se no direito de saber a quem fornecem cartão). Os dois processos, a vigilância eletrônica maciça e a venda de dados pessoais como modelo de negócio, ampliaram-se exponencialmente na última década, pelo efeito da paranoia da segurança, a busca de formas para tornar a internet rentável e o desenvolvimento tecnológico da comunicação digital e do tratamento de dados.
Como evitar ser vigiado ou vendido? Os criptoanarquistas confiam na tecnologia. Vã esperança, para as pessoas normais. Os advogados, na justiça. Batalha árdua e lenta. Os políticos ficam encantados por saber tudo, com exceção dos seus dados. E o indivíduo? Talvez mudar por si mesmo: não utilize cartões de crédito, comunique-se em cibercafés, ligue de telefones públicos, vá ao cinema e a shows ao invés de baixar filmes ou música. E se isso for muito pesado, venda seus dados ao invés de doá-los como propõem pequenas empresas que agora proliferam no Vale do Silício.”
Tema sério, pouco discutido, muito atual, de fórum público que invade o íntimo. Trouxe a partir da indicação da matéria completa (clica aqui para ler), que me foi indicada por e-mail por uma amiga. Quando recebi e li, lembrei do quanto me dizem para colocar cookies no meu blog, fosse possível colocar os de comer cheirando ou para serem servidos eu bem colocaria. Propaganda faço por gosto, fiz uma tipo encomendada e assim a denominei e julguei ser boa a indicação. Remuneração é algo que eu gostaria de ter, escrever uma coluna, ter o meu espaço patrocinado por empresas afins ao que escrevo, penso, idealizo, mas de sempre e por enquanto é um espaço de interação, reflexão, de exercício da escrita, de terapia pessoal e coletiva, sem fins lucrativos que por fim é por vezes (as que sei e as que não) levado e copiado e sabe-se lá mais o que. Chega a assustar as vezes, desanimar e se perguntar, aonde o mundo vai parar, será que virar aldeia de índios de novo, tipo voltar para o jardim de infância não seria uma boa saída?