Ilustração de Maria Lamar
Segunda-feira a minha noite ficou sem rima, cinza, fria, triste e o dia amanheceu do mesmo jeito na terça-feira, me senti sem pernas, sem chão, sem cores e cercada de dor. Aqui no blog estava agendada uma viagem ao mundo de Alice e hoje como não havia nada na programação, ainda com muito pesar resolvi dividir esse momento pessoal como forma de homenagem.
Levado pela violência, numa fração de segundos, se foi um dos melhores abraços que eu ganhava e dava desde pequena, falei do dono grande, sempre perfumado e aconchegante desses braços que tanto me abraçaram e me deram colo, várias vezes por aqui, tantas que nem eu mesma lembrava de todas. Só na busca com a palavra: padrinho, apareceu uma lista, seguem alguns links para leitura: aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
Levado pela violência, numa fração de segundos, se foi um dos melhores abraços que eu ganhava e dava desde pequena, falei do dono grande, sempre perfumado e aconchegante desses braços que tanto me abraçaram e me deram colo, várias vezes por aqui, tantas que nem eu mesma lembrava de todas. Só na busca com a palavra: padrinho, apareceu uma lista, seguem alguns links para leitura: aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
Amo as minhas fotos de batismo ao lado dele e da minha madrinha. Ainda em fase de colinho minha mãe conta que ele é que ficava comigo nas missas dos eventos festivos do calendário religioso ou familiar. Ficava conversando, andando de lá pra cá, me enchendo de dengo, de elogios como fez a vida toda. Eu peralta elevava o volume da voz e ele dizia baixinho no meu ouvido: - Não pode falar alto aqui! Já sabendo o que eu faria, nada menos que falar bem alto: - Porque não posso falar alto? Ele saia para o lado de fora rindo e minha mãe brigando com nós dois. Sabia também o que sempre eu fazia a cada vez que resolvia ir dormir na casa dele que cheirava a pão fresco com manteiga e minha tia Amparo sempre tinha um pano de pratos nos ombros, nascidas no mesmo dia, eu e ela. A casa antiga, com escadas de madeira que rangiam está em minhas lembranças, o terraço nas lembranças e em fotos. Hoje (a um bom tempo já) no lugar é um Shopping center grande aqui da cidade, mas para mim é um lugar familiar e era a padaria da família, que se mudou para perto. Eu ia, jurava que daquela vez dormiria lá, mas ele sempre tinha que me trazer de volta.
O maior fã dos meus maus feitos, se divertia e sempre advertia aos garotos a minha volta, que na escola eu quebrava capas, elásticos e classificadores inteiros batendo na cabeça dos meninos que ousassem me perturbar, entenda-se por perturbar tocar em um fio que fosse de meu cabelo por exemplo.
Nossa única discórdia era pelo time de futebol, não há ser humano perfeito e o defeito dele era ser torcedor do Bahia e esse não era um assunto proibido ou polêmico, era sempre motivo de risos e pertubações.
Detesto o Bahia e lá entre as estrelas do mês de agosto que ficaram para sempre sem o mesmo brilho para mim, Dindo que amo e sempre vou amar você sabe que pensei em vestir a camisa do Bahia como última homenagem enquanto processava que era verdade tudo que aconteceu e que eu iria te ver pela última vez. Prova da porra (usando nosso linguajar) de meu imenso amor por você, mas ai pensei melhor e achei que você ia ficar decepcionado comigo, minha teimosia sempre foi sua alegria e é de você alegre, amigo, carinhoso, disponível, doce como os açucarados sonhos da Piedade, grande no tamanho e no coração que vou lembrar sempre e ser teimosa mesmo e brigona mesmo, sempre fui e agora com meu dindão no camarote celestial olhando por mim, com poderes de anjo, ninguém me segura. Vamos sentir muito sua falta! Muito! Muito! Muito!
Detesto o Bahia e lá entre as estrelas do mês de agosto que ficaram para sempre sem o mesmo brilho para mim, Dindo que amo e sempre vou amar você sabe que pensei em vestir a camisa do Bahia como última homenagem enquanto processava que era verdade tudo que aconteceu e que eu iria te ver pela última vez. Prova da porra (usando nosso linguajar) de meu imenso amor por você, mas ai pensei melhor e achei que você ia ficar decepcionado comigo, minha teimosia sempre foi sua alegria e é de você alegre, amigo, carinhoso, disponível, doce como os açucarados sonhos da Piedade, grande no tamanho e no coração que vou lembrar sempre e ser teimosa mesmo e brigona mesmo, sempre fui e agora com meu dindão no camarote celestial olhando por mim, com poderes de anjo, ninguém me segura. Vamos sentir muito sua falta! Muito! Muito! Muito!