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Eu sou fã de carteirinha, de ilustrações, objetos e acessórios em geral do filme Alice, da história como um todo, dos personagens (principalmente do chapeleiro e tendo sido interpretado por Jonny Deep, aumentou o gostar) e dos detalhes cenográficos, filosóficos e poéticos dessa história que é um clássico atemporal.
Nos moldes de hoje de resumir os clássicos não passaria de a história de uma garotinha, que segue um coelho branco, chega a um país de fantasia, e após viver diversas aventuras e conhecer personagens bizarros, ela descobre que tudo foi um sonho.
Mandar cortar cabeças é com a Rainha de copas, há quem veja nela uma caricatura da Rainha Vitória, outra correlação é com a Guerra das Rosas, uma representação da Rainha Margaret, esposa de Henrique VI, que disse: “Fora com a coroa, e, com a coroa, a cabeça”, dirigindo-se ao Duque de York e a sua tentativa de dominar a Inglaterra.
A rainha do conto não admite que suas flores sejam de outra cor que não vermelho e tem seu nome de cartas de baralho e um exército deles pois gosta de jogar críquete, sendo que nos jogos ela sempre vence porque todos sempre trapaceiam ao invés de favor próprio a favor dela.
Não podia deixar de confabular o porque do fashion e doce chapeleiro ser chamado de louco. É que em tempos idos, lá quando a obra foi escrita e o seu autor tido como um louco, era utilizado mercúrio no processo da confecção das majestosas e imponentes cartolas e chapéus. O cheiro inalado pelos chapeleiros eram tóxicos e provocavam, frequentemente, problemas neurológicos.
Quem nunca observou ou se perguntou o por que dos números 10/06 que o chapeleiro carrega em um papel na cartola este é um pormenor que como muitos não aparece por acaso. O número é simplesmente o preço da cartola, 10 xelins e 6 péni (a moeda da época).
O Gato Cheshire, sorridente é um símbolo de medo, covardia, de consciência, que dá recados, que some e aparece ao bel prazer. E o nome Cheshire é o nome de um condado na Inglaterra e também uma expressão inglesa (há quem diga que por culpa do gato) aplicada às pessoas que sorriem largo.
Um dos personagens mais enigmáticos e queridinhos da história é o acelerado coelho. Sempre apressado e atrasado, com seu relógio ele simboliza o tempo, rígido e exigente, e marcam a quebra com a realidade de Alice, tal como ela a conhecia. Ele é o responsável por tentar a protagonista a entrar no tal buraco. Essa cena é fonte de várias reflexões e ilustrações: “Down the rabbit hole” se tornou uma metáfora utilizada para todos os que arriscam o desconhecido.
Um dos personagens mais enigmáticos e queridinhos da história é o acelerado coelho. Sempre apressado e atrasado, com seu relógio ele simboliza o tempo, rígido e exigente, e marcam a quebra com a realidade de Alice, tal como ela a conhecia. Ele é o responsável por tentar a protagonista a entrar no tal buraco. Essa cena é fonte de várias reflexões e ilustrações: “Down the rabbit hole” se tornou uma metáfora utilizada para todos os que arriscam o desconhecido.
Como o desconhecido é companheiro da caminhada de qualquer um, em qualquer idade, momento, lugar, meu cronicalizar e poetar para um bom explorar, o negar do que não vale a pena experimentar, nem mexericar e um incentivar do gostar do que é conhecido, um ver e ter como fantástico o cotidiano, o mundo real que temos a nossa volta.