Repito, de sempre ter ouvido, que quando uma pessoa tá sorrindo a toa, toda alegre sem nenhum motivo aparente, ela viu um passarinho verde. Não sei nem pesquisei de onde veio essa expressão. A gente fala e ouve tantas expressões sem saber de onde vieram, outras tantas sabendo, algumas muito conhecidas e usadas em todo canto, outras regionais e até familiares.
Semana passada falei aqui uma palavra que uso muito e como acontece as vezes, nem me dei conta que não era usada e talvez entendida por todos os leitores. Casquinhagem foi a palavrinha, que serve para sovinices, canguices, mãos fechadas, disposição a gastar dinheiro do tipo mergulhar na piscina com um comprimido efervescente na mão e voltar com ele inteiro. E como já postei uma série em sequência e pingadas de postagens com expressões nossas de cada dia, antigas, novas, nordestinas, espanholas (ditas por meus pais e avós) e a quantidade de descobertas é sempre ilimitada e sempre gosto de saber, de ensinar, de me divertir e as vezes me surpreender com as histórias por traz de tantas expressões que usamos sem nos perguntar de onde vieram. E como quem lê e comenta diz que gosta de saber e há uma boa interação, seguem algumas explica-expressões e semana que vem tem mais.
Semana passada falei aqui uma palavra que uso muito e como acontece as vezes, nem me dei conta que não era usada e talvez entendida por todos os leitores. Casquinhagem foi a palavrinha, que serve para sovinices, canguices, mãos fechadas, disposição a gastar dinheiro do tipo mergulhar na piscina com um comprimido efervescente na mão e voltar com ele inteiro. E como já postei uma série em sequência e pingadas de postagens com expressões nossas de cada dia, antigas, novas, nordestinas, espanholas (ditas por meus pais e avós) e a quantidade de descobertas é sempre ilimitada e sempre gosto de saber, de ensinar, de me divertir e as vezes me surpreender com as histórias por traz de tantas expressões que usamos sem nos perguntar de onde vieram. E como quem lê e comenta diz que gosta de saber e há uma boa interação, seguem algumas explica-expressões e semana que vem tem mais.
No tempo do Onça, tempo antigo, é uma expressão que uso e descobri recentemente que vem de no século 18, quando o Rio de Janeiro era governado por Luiz Monteiro, conhecido como o Onça, por ser severo e exigente, o estado era exemplo de leis cumpridas e fino trato. Passado algum tempo, os saudosos desse governo ao assistirem o desleixo com que a cidade era administrada, pelos cantos diziam: “Ah, no tempo do Onça que era bom!”
Pagar o pato é uma que não falo mas é muito usada, deriva de uma antiga barbárie portuguesa, em que amarrava-se um pato a um poste e o jogador (covarde) montado em um cavalo devia passar e arrancar o pobre. Quem não conseguia pagava pelo animal sacrificado. Que horror! Não falava isso e agora que sei dessa historinha não falo mesmo. Sou dessas, que não veste tal marca porque fulana ridícula veste...rarara. No vocabular, deixei de falar que segunda é dia de branco após saber o significado racista da expressão.
Pensando na Morte da Bezerra, essa eu falo, quando alguém tá perdido em pensamentos, em estágio de meio lesado e nem nos meus dias mais curiosos me perguntei o porquê e lá estava numa listinha de explicações de expressões e já que falei da aberração da "brincadeira" com o pato, vou falar dessa. A origem e da tradição hebráica, onde os bezerros eram sacrificados como forma de redenção dos pecados. Conta-se que um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma fofa e dócil bezerra que foi sacrificada e após o animal morrer, ele se tornou uma criança triste e vivia se lamentando e pensando na morte da bezerra.
Chegar de Mãos Abanando é o que muitos fazem em aniversários, festas em que cada um deve levar alguma coisa, tal e coisa, coisa e tal. E descobri, que a muito tempo aqui no Brasil era comum exigir que os trabalhadores imigrantes trouxessem suas próprias ferramentas. Caso viessem de mãos vazias, abanando, era sinal de que não estavam dispostos a trabalhar. Daí a expressão!
Pensei em parar por hoje, mas para quem ia ficar com vontade de mais uma não dar com os burros n'água, vou contar que a expressão surgiu no período do Brasil colonial, quando tropeiros que escoavam a produção de café, cacau e ouro, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros ou mulas e devido a falta de estradas adequadas e passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Tadinhos!