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Do espanto com gentilezas

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Pego sempre vários saquinhos nos puxadores de sacos da seção de frutas e legumes do supermercado e quando vejo alguém cheio de coisas na mão ou pegando algo sem estar com um saco, ofereço um e 99% das vezes a pessoa se espanta. Faço quase que involuntariamente, como também respondo a perguntas feitas no ar, se sei a resposta. Dia desses uma adolescente com carinha marota de que não sabia a diferença de uma batata e um tomate (risos) perguntou diante a imensidão de folhas da seção de hortaliças, o que aqui era hortelã miúdo (com essas palavras). O tal, estava ao alcance de minha mão, então prontamente peguei o maço e dei a ela que sorriu e agradeceu. Dei sem explicações, em resposta ao silêncio, caras e bocas alheias. Vez ou outra, quando a pessoa se mostra interessada e não tem platéia, explico como conhecer as folhinhas que conheço, como saber se tal fruta ou verdura tá boa e adoro quando pergunto e alguém me explica segredinhos.
E vale pontuar que me espanto, como recentemente ocorreu, quando alguém é ríspido com algo tão prosaico como dar uma informação. Foi assim o último episódio que registrei na minha caixinha de malcriações alheias: Uma senhorinha muito elegante estava na hora do almoço com um grupo de amigas, no refeitório do hotel e eu estava me servindo, quando perguntei onde havia algo que tinha no prato dela. A bonita com um ar superior e suspiro enfadonho me respondeu friamente. Por coincidência lá estava eu atrás dos potinhos de manteiga no dia seguinte, no frescor e ânimo do café da manhã e quem estava lá? Ela mesma. Perguntei toda simpática não tenho ainda processado que o azedume dela poderia não ser (e não era) pontual: - Bom dia! A senhora, que sabe das coisas, sabe onde fica a manteiga? Ela me olhou de cima a baixo e disse: - Não sei das coisas não, mas fica ali. Afff!!! #desnecessário e olhe que o hotel era um paraíso. Imaginei: essa criatura tipo na 25 de março, deve morder.
Enfim, que sejamos surpreendidos com gestos de gentileza, como fui com uma historia de uma tal ratinha chamada Tina dia desses (ver aqui). E com finos tratos, não nos choquemos, achemos normal para quisá seja normal. Sejamos gratos, sorridentes, gentis, sem nenhum cartaz ou interesse. Ofereçamos saquinhos no mercado, ajuda para carregar os sacos até o carro, informações e etc, porque vamos combinar, gente mau humorada é um saco.

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