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Pronto! Falei!

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O ditado de quem em boca fechada não entrar mosca comigo é bem pontual. Aprendi e aconselho que vale calar e não opinar muitas vezes, não pregar no deserto como se diz, mas vale também se posicionar ainda que geral não tenha a mesma opinião que a gente. Tipo achar nada a ver a mistura de futebol com bebida alcoólica, seja nas propagandas ou na correlação entre uma coisa e outra dos frequentadores de estádio. Assim como a mistura fatal de bebida e direção, venda de bebidas alcoólicas em postos de gasolina, por mais polêmico que isso possa ser, penso assim e tenho o direito de expor e defender minhas opiniões, não acho que tenho que ser a pop e nem que para ser é preciso ser concordante com tudo. 
Acho, por exemplo, que o nome favela não tem nada de pejorativo, que é o mesmo que comunidade ou sei lá o quê, acho que não muda a condição de favela das favelas, nem é uma ofensa. Aqui na Bahia, por exemplo, neguinho(a), negão, negona são nomes carinhosos, assim como mãe preta é cargo de respeito, na figura das mães de santo ou das senhoras negras que são ou foram como mães para crianças brancas.
Afro-antecedentes é o dito politicamente correto e carregado muitas vezes de preconceito, ausente nos nomes populares e carinhosos que se evita chamar nos dias de hoje pessoas de cor escura. Vale para os apelidos comuns as pessoas de cor branca, como menino(a) amarelo(a), branquelo(a), Parmalat etc Que tem toda uma carga a depender do tom e não ofende se for apenas uma brincadeira ou em certos casos um convite a quebra de preconceito. Penso que melindres e regrinhas demais mascaram, não resolvem nada, mistificam, confundem, definem tudo como ofensa, desenham um respeito por exigência e não por excelência. É limitante também definir chamar os mais velhos de pessoas da terceira idade, melhor idade ou qualquer que seja o nome da vez e não de velhinhos, coroas, idosos. O que importa não é o nome é o respeito. E tenho dito!
Dia desses na nova novela global do horário nobre, uma personagem de cor negra, falou uma frase que bem podia ter sido repercutida no dia seguinte, mas notei nem foi percebida, ela disse dentro do contexto de indignação da personagem, com tom agressivo e ofensivo, sobre uma outra personagem de cor branca: "Aquela branquela!". Pensei: Epa!, injúria racial contra negros não pode e contra brancos pode? Como assim?
Em um dos colégios que visitei para fazer meu estágio da Faculdade, vale contar, fui mal recebida e tratada pela pelo corpo docente e alunos (negros em sua maioria), com ofensas verbais, além dos olhares e reticências para minha presença e docência ali. Que ficassem para eles o que me disseram e como me julgaram, foi o que pensei e fiz.
Registro a propósito minha indignação contra a indignação coletiva, matérias, entrevistas e tudo mais que vi, ouvi e li, contra a proibição do retrato no passaporte, de pessoas com o cabelo black power solto. Meu cabelo é escorrido, tenho olhos azuis e pele de pão cru e tive que prender o meu cabelo para a foto do meu passaporte, tive que tirar o brinco também (3x4 já é um horror, assim então #colocarumadesivoemcimafoioquepenseinahora). Sem polêmicas! São regras, pro formes. Menos polêmicas e mais cada um fazendo o seu, sem traumas ou mania de conspiração, por favor!

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