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Em consideração e honraria ao Prêmio Jabuti, que contempla várias categorias do mundo literário e ontem citei e critiquei aqui, hoje resolvi fazer um post amigo e ameno para falar dele a partir de uma matéria que li na net. É que esse ano, no mês de meu aniversário ele ganhou vida nova, depois de 23 anos, está sob nova direção, o comando passou para Marisa Lajolo, professora de literatura brasileira do Mackenzie e pesquisadora de Monteiro Lobato (já gostei dela). Como novidade para nova gestão a proposta de fortalecer a repercussão da premiação no mercado é uma ótima notícia ao meu ver.
"O Jabuti dá muita mídia no dia da cerimônia, mas depois morre o assunto. Queria torná-lo mais duradouro, um estímulo frequente à leitura. É preciso que, ao longo do ano, ele atraia a atenção dos leitores e dos livreiros", declarou Marisa, que ainda revelou em entrevista a Folha de São Paulo que a curadoria pretende criar selos especiais para os livros vencedores veicularem nas capas.
Quem já se perguntou ou está se perguntando por que um jabuti para nomear um prêmio de livros, no site do prêmio tem a explicação que eu recortei e trouxe para cá. "A resposta tem explicação no ambiente cultural e político da época, influenciado, sobretudo, pelo modernismo e nacionalismo, pela valorização da cultura popular brasileira, nas raízes indígenas e africanas, nas suas figuras míticas, símbolos seculares carregados de sabedoria e experiência de vida e legados de uma geração à outra. Sílvio Romero, Mário de Andrade, Monteiro Lobato e Luís da Câmara Cascudo, entre o final do século XIX e o início do século XX, foram pioneiros na pesquisa, no estudo e na divulgação dessa rica cultura popular.
E foi Monteiro Lobato, provavelmente, o mais prolífico na recriação literária das histórias desses personagens meio enigmáticos, meio reveladores e sempre sedutores do folclore nacional. Um desses personagens da literatura infantil de Lobato é, como se sabe, o jabuti. O pequeno quelônio, já familiar no imaginário das culturas indígenas tupi, ganhou vida e personalidade nas fabulações do autor das “Reinações de Narizinho”, como uma tartaruga vagarosa, mas obstinada e esperta, cheia de tenacidade para vencer obstáculos, para enganar concorrentes mais bem dotados e chegar na frente ao fim da jornada. Com essas credenciais, ganhou também a simpatia e a preferência dos dirigentes da CBL. Eles o elegeram para inspirar e patrocinar um prêmio para homenagear e promover o livro."