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Sobre de onde viemos

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"Que despertes para o mistério de estar aqui
E compreendas a silenciosa imensidão da tua presença.
Que tenhas alegria e paz no templo dos teus sentidos
Que recebas grande encorajamento quando novas fronteiras acenam
Que respondas ao chamado do teu Dom
E encontre a coragem para seguir-lhe o caminho
Que tenhas vagar para celebrar os milagres silenciosos 
Que não buscam atenção"
Trecho de uma oração Celta
Hoje resolvi falar de medicina. Quem convive com arianos sabe que falamos de tudo, gostamos de nos informar sobre assuntos diversos e principalmente de dar opinião. Li sobre algo bem interessante certa vez, em busca de alguma tradição, prece, ritual Celta para reverenciar a chegada de meu sobrinho, já que minha irmã, a mãe dele e uma amiga nossa, também gestante na época, são admiradoras da cultura Celta.
O interessante que descobri é sobre o descarte da placenta após os nascimentos, assunto pouco discutido, eu pelo menos nunca tinha ouvido falar em nada parecido, nem tinha conhecimento sobre utilidades e simbologias desse material, como é de grande utilidade também o cordão umbilical e pouco se produz nesse sentido, pouco incentivo, estudos limitados perto do que deveria ser estudado e levado a prática o armazenamento e uso. O tema, percebo, parece só vir a tona apenas quando pessoas famosas, precisam de células tronco e se faz um movimento para conseguir e incentivar a doação a bancos de armazenamento ou quando passa em novelas e filmes, mães que geram outros filhos para salvar os que lutam pela vida.
Descobri que há muitos rituais e crenças ligados a placenta e que é costume "moderno" ela ser jogada no lixo e diga-se de passagem, sem abertura para que o descarte não seja feito. É todo um processo complicado querer a própria placenta, bem como para doar os cordões umbilicais. Uma realidade na prática diária das muitas maternidades e hospitais, tudo muito burocrático, aos passo que procedimentos nocivos passam longe de burocracias.
Na África, a placenta é considerada a ligação espiritual da criança com o céu e em muitas culturas ela sempre foi e ainda é considerada sagrada. Há muitos simbolismos e o ritual mais comum entre os povos é enterrar ela como que transferindo a ligação da criança com sua mãe e com a vida, para a ligação com a terra e com o mundo do qual ela, a partir de seu nascimento, fará parte.
A placenta é muitas vezes simbolizada por uma árvore, pois como raiz da vida ela filtra e recebe os nutrientes da terra mãe semeada pelo pai e leva através do caule (o cordão umbilical) para o fruto, o bebê. Quando o fruto está maduro, ele cai do pé e passa a ser semente, terra, raiz, vida. Lindo né?

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