Das coincidência ou não

Partiu de repente uma estrela brasileira, o Jose Wilker, ou Zé, como muitos colegas e amigos o chamam e acho sua cara. Ele parou de pedalar pelos caminhos da vida dormindo o que muitos julgam ser uma benção. Em conversa com marido concordamos: bom para quem vai, difícil para quem fica. Assistindo as muitas homenagens e depoimentos sobre seus trabalhos e sobre sua pessoa, como recortes de uma entrevista em Ana Maria Braga na ocasião de lançamento do filme fruto de seu personagem verborragicamente folclórico criativo e popular na novela Senhora do destino, onde ele disse que o que fazia em Juazeiro do norte, onde nasceu, antes de virar artístico era olhar a vida que já lhe parecia tão grande e ele nem imaginava quanto maior era.
Talento, humor, inteligência, simpatia e empatia, intensidade e o que para muitos são simples coincidências transformadas em exoterismo ou sinais espirituais, para mim viraram post adornada com essa ilustração de quem desconheço a autoria e que se encaixou luminosamente com o que escrevi e no rosto do ciclista vi ludicamente ele, que a dias no clássico programa vespertino Vídeo show, sua carreira, aplausos, declarações, homenagem em vida. Na mesma semana doou seu acervo pessoal e grande de filmes para emissora para que jovens pudessem ter acesso as obras. Hoje estava convidada para o programa matinal de Fátima Bernardes a cantora italiana que participou do Festival Lollapalooza, com a canção popularizada como tema do ator na sua última novela. Diriam foi tema do Zé com outro tom, com vida em curso, mas falaram do adeus. Jantou em um restaurante um de seus pratos preferidos antes de dormir e partir.
Hipóteses de coincidências ou migalhas de pão de João e Maria, colhidos ou deixados, dele de volta para de onde veio ou deixados por ele para que outros sigam seus passos. Uma luz que se apaga na terra e se ascende nos céu e fica na memória.