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A grama ao lado

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Eu certa vez cheguei a conclusão e contei aqui que eu não ia ser feliz sendo ascensorista, ia me dar uma aflição ver tanta história entrando e saindo pela metade. Deus me livre! Dia desses descobri uma outra ocupação na qual eu não teria sucesso, na verdade, para ser mais precisa, eu não teria lucro.
Passando diante de um conjunto de casas vi que um rapaz aparou a grama da frente de uma delas, um espaço de uns 2 metros apenas, ele já estava guardando o compacto cortador, um cheirinho de grama que adoro exalava no ar e eu pensei no mesmo instante: Não! Eu não ia me sair bem nessa função, não ia levar até ali aquela maquininha maravilhosamente prática, aparadora e melhoradora do visual de casas e ruas e ainda exaladora de cheiro de grama e simplesmente cortaria apenas um pequeno espaço para o qual teria sido paga.
Algo que ia desconsiderar a razão e o tino comercial, algo voluntário iria me mover rumo a poda das gramas das casas vizinhas, rapidinho, sem ninguém me pedir ou pagar, por gosto, por estar tão ao meu alcance.
Sei que tem quem não sabe do que estou falando, muitas pessoas na verdade, mas sou assim. Nos muitos lugares onde trabalhei me davam algo para ser feito para aquele dia e outras coisinhas para os dias seguintes, mês seguinte as vezes e ao terminar de fazer uma coisa a outra já estava pronta, nunca soube ficar com algo necessário a me olhar e seu meu serviço acabasse o da colega era adiantado, quando assim permitido, porque tem gente que gosta de ficar maturando serviço e que não dá um prego numa barra de sabão se não for parte de sua função. além dos que tem gosto por protelar e ter do que reclamar.
A solicitação de um histórico acadêmico por exemplo, com prazo para 8 dias, o definido pela secretaria da Faculdade de Medicina onde trabalhei, chegando as minhas mãos era solicitação recebida, impressa e encaminhada para assinatura da direção na mesma hora ou assim que o que estava na fila saísse. Quase nunca havia nada na fila.
Xícaras de café das mesas vizinhas, iam de carona na ida a copa para levar a minha, que sempre levei, assim como levo a bandeja ou descartáveis no shopping até a lixeira. O inusitado é que algumas colegas se incomodavam e o funcionário da copa que já havia passado umas 12 vezes pela xícara também. No caso das praças de alimentação dos Shoppings, tem quem deixa tudo nas mesas dizendo estar ajudando a manter o emprego do pessoal da limpeza. Ai! Ai!
Enfim, dentre outras coisas, como render crônicas, essas minhas reflexões estão me deixando preocupada de quanto o mercado de trabalho já curto se encurta ainda mais com meus mas. Bom trabalho, boa semana, boa segunda a todos do meu gramado e das gramas de todos os lados.

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