No sábado passado, dia das crianças, fui ver uma seleção de curtas no Espaço cultural de Plataforma, subúrbio ferroviário aqui de Salvador. Almoçamos em um restaurante lá perto, que tem essa vista da foto, de trilhos, mar e trem que passa.
Ná entrada do espaço cultural tirei fotos do papel com a lista dos curtas exibidos, foram cinco, dentre eles três da produtora que meu irmão faz parte, todos ímpares e também tirei foto de um outro papel com anúncios de alguns espetáculos. Fuçando, me encantei com um, que trouxe para divulgar.
"A história que a manhã contou ao tempo", é uma apresentação teatral encenada por um gato mal-humorado e uma amigável andorinha. Os atores personagens e a narradores, contam uma fábula sobre amor e tolerância entre seres de espécies e temperamentos diferentes, uma adaptação ta obra "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá", de Jorge Amado.
Cotidiano contado e espichado, quero registrar minha homenagem de andorinha ao passarinho poeta cantador Vinicius de Moraes que nasceu no mesmo dia de um amigo meu de longas datas, também boêmio e mulherengo. O nome dessa pecinha de meu quebra cabeça é Carlos Wendell, que reneguei quanto pude como amigo quase irmão de meu marido, tido como muitos amigos dos maridos, no limite entre amizade e perdição. Mas, como reza a sabedoria popular: Deus as vezes escreve certo por linhas tortas e nessas histórias que as manhãs e os amanhãs contam ao tempo, foi ele quem me deu as mãos em momentos escuros, onde as peças estavam todas embaralhadas, algumas perdidas e desde então eu o tenho como peça de grande estima e admiração. Ele é amigo do casal e de cada um em separado, como ele faz isso? Não sei, ele não é poeta mas é um artista.
E hoje, após incontáveis aniversários juntos, entre trilhos, trajetos, vagões, sonhos, conquistas e ilusões, ele está longe dos nossos olhos mas dentro do coração e por aqui desejo a ele e a quem quiser tomar como oração: Que sorte e escolhas bem feitas, seja uma presente combinação!