Eu tenho tido com o Projeto lenços que curam muitos retornos, no que se refere ao objetivo em si, a pessoas que achei que iam colaborar e se envolver e não o fizeram, cada uma com seus motivos, que não estou aqui para julgar, a pessoas desconhecidas de diversos lugares, inclusive do exterior, que surgiram das conexões virtuais, pessoas que se apresentaram e estamos mantendo contato, outras que simplesmente pegaram o endereço e mandaram sua contribuição, pessoas envolvidas com projetos voluntários de artesanato e costura que estão fazendo com uso de retalhos e trabalho comunitário lenços para enviar, pessoas que estão divulgando em sues blogs, sites, por e-mail, entre os seus parentes e amigos.
Dentre os feedback´s que recebi porém, há muitos relatos de desânimo e falta de retorno concreto quanto as doações, ai vim dizer que para mim isso não foi novidade, apesar de ser otimista, como ariana genuína, também sou bem realista. Nas redes sociais virtuais, curtidas e compartilhadas se fazem com cliques e sem compromisso, sem envolvimento efetivo. Se repassa uma campanha, se curte, mas muitos poucos se dão ao trabalho de comentar e menos ainda de fazer algo, acha-se que replicar já é o bastante. Isso também ocorre nas nossas redes de relacionamentos reais, as pessoas se dizem sensibilizadas, cristãs, disponíveis, interessadas, mas não estendem a mão, não movem uma palha como se diz, não dão um prego numa barra de sabão, não agem.
Quem ai conhece a campanha "Não foi acidente", que versa sobre a mistura de álcool e direção, bem como condução de veículos sob condições adversas e isso ser crime e não acidente? Quem ai entrou lá no site e assinou? Uma estrelinha para quem o fez. Quem incentivou? Não só falando, mas sentando diante do computador e pedindo o cpf e assinando com e por filhos, marido, irmãos, mães, pais? Um pedacinho de céu estrelado para quem o fez ou vai fazer isso, em 10 minutos a qualquer hora do dia, não precisa ser no atribulado horário comercial. Vale gastar vários 10 minutos, as vezes gastos com fofocas e acompanhamento da vida do alheio e expandir os horizontes, como por exemplo, na mesa de bar, festinha de aniversário, encontro casual de amigos, quando o discursador da vez estiver a plenos pulmões falando de cidadania e atitudes, acessar no celular o site da campanha e fazer todos assinarem. #Isso muda o mundo.
Mudando de assunto: Quem se abaixa e pega um papel na areia da praia e leva até o lixo? E quem conhece e acha legal a criação e manutenção de Carol, de uma biblioteca comunitária numa área carente de Goiás? Quem já mandou um livro (um só que seja, que é muito bem vindo) para lá? Quem não tinha livros para mandar e foi num sebo e comprou alguns e mandou? Quem comprou livros novinhos e mandou? Quem ai teve a ideia de comprar os tais livros, de sebo ou livraria convencional pelo site e já colocar o endereço de lá para baratear o envio? Quem reuniu livros, saiu pedindo: - Me dá um livro para eu doar? Me dê um caixa de lápis?, entre os colegas de trabalho, os vizinhos, os parentes. E quem nunca mandou porque o envio pelos correios é caro? Já pensou em a cada doação pedir 1 real, ou 2 e assim pagar o envio que até meio quilo é o mesmo valor. Acontece que livros pesam. É! Pesam! Mas livros tem taxas mais baratas para serem enviados pelos correios, chamadas: Impresso ou Registro módico.
Lenços não pesam, lenços são baratos e o gasto com o envio bem podia ser encarado como um chopp não tomado, um lanche, um café por vários sorrisos. Podem ser arrecadados marcando-se um encontro no shopping ou numa praça, para se aproveitar e rever quem não se vê a muito tempo, pode ser solicitado que seja levado no almoço de família domingo em casa, no dia de reunião na empresa.
Viu algum caso na tv que te tocou? Liga para emissora, entra no site, manda uma mensagem, escreve uma carta, entra na internet e procura o que quer doar naquela cidade com serviço de entrega.
Eu acho que soluções existem aos montes para os empecilhos que há entre nós e a ajuda que podemos dar. Sair do papel de telespectador para o de coadjuvante em muitas histórias, depende de nós, rumo a quem sabe o papel principal com direito a prêmios de atuação valiosos. Sejamos mais que otimistas, sensíveis, compartilhadores, incentivadores, sejamos possibilistas e atuantes. E tenho dito!