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Por mais doçura

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Queijo coalho e melaço
Adoro!
Tirei essa foto num restaurante que marido me levou para conhecer
Cadeiras, mesas e gostosuras embaixo de amendoeiras
Ao ar livre, sem nenhum outro ponto comercial por perto
Amei, fotografamos uma amendoeira
Comi super bem
Peguei uma folha para meu amigo Pedrinho que coleciona folhas
E vou escrever outro dia sobre esse dia
Hoje o assunto é por doçuras além do paladar
Por doçura nas palavras das receitas
Como assim?
Vou explicar
Ligo eu para minha mãe para saber como fazer arroz doce, que sou especialista em comer, mas nunca havia feito. Ai minha mãe me disse que eu colocasse a água para ferver, já com o arroz dentro, uma pitada de sal, uma lasca de canela e um pedaço da casca de um limão. Tudo ia bem até ela dizer uma coisa que entristeceu a receita. 
Sempre digo por aqui como gosto de palavras e também como desgosto de algumas. Pois bem! D. Conchita disse que quando o arroz já estivesse quase secando eu colocasse o leite de coco, o açúcar e desprezasse o limão. Oi? Hein! Que violência com o limão! O que uma palavra tão feia faz numa receita de um doce?, eu pensei. Seria muito mais educado e gentil com o colaborador limão, dizer que ele precisa ser retirado, ou algo mais cortês. Desprezo é muito forte, nas minhas receitas não entra.
O rabisco dessa história estava no forno e eu trouxe ela para cá pois uma amiga falou no blog dela na semana passada sobre a ordem as vezes sem sentido de adicionar os ingredientes em uma receita, fazendo uma analogia com a vida, que tem desde passos a passos a serem seguidos para se ter um bom resultado final, como espaço para intervenções para se ter resultados diferenciados.
No tema culinária, vejo por ai receitinhas por demais expliquentas, com descrições dantescas, tipo: são 3 ovos, ai na receita diz: coloque um, depois o outro, depois o terceiro = coloque os 3, ou todos os ovos, para que tanto suspense, parecendo que um dos ovos vai ter outro destino.
Não gosto também de finais do tipo: sirva, coma, ou imperativos como: sirva quente, corte em pequenos pedaços, um atentado muitas vezes ao raciocínio óbvio ou ao gosto de cada um. Divagações e piadinhas a parte, fico por aqui com o incentivo a arte e prazer de cozinhar e de comer, sem pressa e celular na mão, sem falar palavrões na mesa, nem fazer cara feia para o que não gosta ou nunca provou, com a dica de colocar sempre palavras bonitas como ingrediente em tudo e desejo de uma saborosa sexta-feira.

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