Estava eu andando pelo shopping, quando o letreiro da loja me fez olhar para trás e chegar mais um pouco para trás para ler tudinho pois o nome era grande: Quem disse Berenice? Sim esse nome todo era o nome da loja, achei muito pitoresco, uma loja com uma frase no nome e interrogativa ainda por cima. A loja é de maquiagem e o Google disse que é do grupo O Boticário. O porquê do nome? Não descobri (ainda). Já que estou fazendo merchan gratuito ilustrei a postagem com uma propaganda da Imaginarium (adoro) que achei super legal e legal também é uma outra loja onde comprei uma camiseta, Mitoé o nome da marca. Na minha camiseta tem escrito: "Pense fora da caixa" e lá ficaram muitas com frases de Drummond, Clarice, poesias, estampas de filmes, passarinhos, personagens e mitos. O ministério dos bons conselhos recomenda: fazer boas recomendações faz bem a saúde.
Eu já garanti o meu, reservei antes mesmo do dia do lançamento, me achando a fã. Alguém ou muitas pessoas podem dizer: - Essa mulher deve gastar a beça com livros! Não! na verdade não gasto muito, nem a metade do que desejo e gasto com lanches, transporte e outras necessidades e extravagâncias.
Tem também que não entende, julga, desaprova eu ficar fazendo divulgação de graça e na maioria das vezes, sem o conhecimento dos divulgados. Não quero reconhecimento, cartaz ou vitrine, se me derem também não recuso...muitos risos.
Eu acho que assim como tenho envolvimento na divulgação de livros, projetos, produtos de amigas e amigos e tenho das amigas e amigos nos meus, ter pessoas sem envolvimento pessoal por ai divulgando por iniciativa própria é legal, é um leva e trás. Ainda que haja todo um staff por trás de algo, o velho boca-a-boca é bem vindo.
Eu acho que assim como tenho envolvimento na divulgação de livros, projetos, produtos de amigas e amigos e tenho das amigas e amigos nos meus, ter pessoas sem envolvimento pessoal por ai divulgando por iniciativa própria é legal, é um leva e trás. Ainda que haja todo um staff por trás de algo, o velho boca-a-boca é bem vindo.
De fato, minha intenção com a divulgação, seja de livros, filmes, exposições ou o que for, é de que as pessoas comprem mais livros, vejam filmes de qualidade, façam programas culturais e com isso se transformem, se inspirem, agreguem valores as suas realidades e ao mundo.
Voltando a Martha, seu novo livro se chama: A graça da coisa. Amei a capa preta e branca com um catavento colorido, amo cataventos e vou devorar cada crônica assim que der conta dos livrinhos que estão na fila de espera de minha leitura.
De aperitivo, pescado na internet, segue trecho de uma das crônicas de uma escritora de apartamento, como eu, como muitas(os). Quem me dera uma casinha branca (azul também serve), um quintal, uma janela, uma rede, uma oliveira, uma amendoeira, uma laranjeira, passarinhos e grama verdinha com uma esteira em cima para eu escrever.
"Sou uma escritora de apartamento, digo com o mesmo tom pejorativo que classificamos crianças de apartamento. Deveríamos estar cercados por jardins, margens de rio, praias abertas, mas vivemos confinados entre quatro paredes que de certa forma aleijam a inspiração. Escrever, lógico, me oferece várias oportunidades de fuga. Estou onde estou, fisicamente, mas também não estou: invento meu próprio lago, pátio, horizonte. Até que volto a ser atingida pela consciência do inevitável: não é o barulho do mar que escuto, nem o das folhas caindo nesse final de outono, e sim o de betoneiras, perfuratrizes, compactadores, rolos compressores. De poético, me restou apenas a chuva. Quando chove, a obra para. Quando chove, o helicóptero some. Quando chove, o silêncio me pisca o olho: "Aproveita a trégua e me escuta". Martha Medeiros
Que tenhamos amor no coração, escutemos a chuva, o vai e vêm das nuvens, o espichar dos raios do sol, um sim tão esperado, o bater de asas de uma borboleta, o girar de um catavento, o bemol de um rouxinol.