Inventaram agora um tal de adultescência definida como sendo uma pessoa jovem, sem idade suficiente para ser, na média dos 35 aos 45 anos, que não conseguem aceitar o fato de estarem deixando de ser jovens, não assumem suas responsabilidades e tem dificuldades de fazer escolhas.
Será que é possível fazer uma pesquisa com os adultecentes para saber se eles leram ou conhecem a história de João e o pé de feijão?
Como serão os adultos de amanhã se essa classificação se extinguir e adultecência não será mais uma deformação e sim a faixa etária após a adolescência?
Será que é possível fazer uma pesquisa com os adultecentes para saber se eles leram ou conhecem a história de João e o pé de feijão?
Como serão os adultos de amanhã se essa classificação se extinguir e adultecência não será mais uma deformação e sim a faixa etária após a adolescência?
Bruno Bettelheim, (1903) em A Psicanálise dos Contos de Fadas, faz uma maravilhosa relação metafórica entre esta dificuldade de aceitar a aquisição da maturidade com a história de João e o pé-de-feijão. Como anteontem entramos por aqui no mundo dos contos de fada, resolvi deixar aqui essa reflexão para o final de semana.
De forma simbólica o autor desse livro faz uma viagem, trazendo os contos para a realidade contemporânea. Soube através do post dos contos de fadas de uma série chamada Once Upon a Time (Era uma vez) que tem entre muitas histórias, releituras e continuaturas (eu que inventei essa palavra) de contos clássicos, apresenta personagens pós histórias dos contos, que por conta de um feitiço lançado por uma rainha má, não se lembram de seu passado. Também soube de um livro de Pedro Bandeira no qual as história pós histórias, a vida das princesas com os filhos, maridos, afazeres e enredos recheados de criatividade são contados de maneira envolvente. Quero!
Vejam só quanto rendeu um prozear sobre contos e encantos!
Voltando a psicanálise´, no caso de João, aquele do pé de feijão, ser enviado de encontro ao mundo significa o final da infância e isso tem que ocorrer também na adolescência, encarando-se processo longo e difícil de se transformar em adulto e o processo paralelo dos pais em deixar, admirar e incentivar a maturidade dos filhos.
De forma simbólica o autor desse livro faz uma viagem, trazendo os contos para a realidade contemporânea. Soube através do post dos contos de fadas de uma série chamada Once Upon a Time (Era uma vez) que tem entre muitas histórias, releituras e continuaturas (eu que inventei essa palavra) de contos clássicos, apresenta personagens pós histórias dos contos, que por conta de um feitiço lançado por uma rainha má, não se lembram de seu passado. Também soube de um livro de Pedro Bandeira no qual as história pós histórias, a vida das princesas com os filhos, maridos, afazeres e enredos recheados de criatividade são contados de maneira envolvente. Quero!
Vejam só quanto rendeu um prozear sobre contos e encantos!
Voltando a psicanálise´, no caso de João, aquele do pé de feijão, ser enviado de encontro ao mundo significa o final da infância e isso tem que ocorrer também na adolescência, encarando-se processo longo e difícil de se transformar em adulto e o processo paralelo dos pais em deixar, admirar e incentivar a maturidade dos filhos.
João e o pé de feijão é a história de um menino que luta internamente para se tornar um adulto e representa o conflito psicológico de todos os jovens, que passam e devem passar por essa fase. É o rito de passagem, no qual todo aborrecente aprende lições que os fazem enxergar o mundo de forma mais racional e sensorial. Crescendo fisicamente, João, como todo jovem, necessita também crescer psicologicamente e a partir dessa necessidade se dá o conto e a criação de um lugar mágico, peripécias e a busca da resolução dos seus problemas.
A mãe de João percebe que ele não é mais uma criança, algumas mães custam a perceber e se sente incomodada como muitas e insiste em manter o filho debaixo da asas. O encontro no caminho até a feira com o senhorzinho engraçado que lhe oferece trocar a vaca por alguns grãos de feijão mágicos, é o uso clássico de uma figura auxiliar, que aparece quando o protagonista está com dificuldades, e ser velho representa sabedoria.
Os grãos são o suporte para o protagonista alcançar seus objetivos, não são a resolução do problema de forma imediata, mas um instrumento, são o símbolo das vicissitudes, pois, ao ser enterrado, a sua forma primitiva morre e brota uma nova vida. Vale pontuar que os.
João escala o pé de feijão três vezes. Na primeira vez, ele traz uma sacola cheia de ouro e simbolicamente que com o passar do tempo, o ouro irá termina. Na segunda vez, ele já não é mais o mesmo, rouba uma galinha mágica que coloca ovos de ouro toda a vez que for solicitada, isso representa ter domínio e responsabilidade sobre algo ou alguém.
Nesta terceira vez, o protagonista rouba uma harpa de ouro que canta as mais belas canções. As vibrações do instrumento representam as aspirações espirituais. O herói rouba por duas vezes elementos que alimentam as aspirações materiais da vida, no entanto, espiritualmente falando, segue pobre, de espírito e de equilíbrio psicológico. Para alcançar isso ele rouba a harpa, pois ela representa a arte.A leitura de João e o pé de feijão é ao meu ver uma boa leitura para as mães além de para crianças e adolescentes. Acho que seria muito interessante as escolas adotarem esse clássico no ensino médio.
Acho também que vou descansar a tagarela e segunda eu volto. Até!
Acho também que vou descansar a tagarela e segunda eu volto. Até!